Encontramo-los em todo o lado. São trabalhadores indiferenciados, escriturários, empresários ou quadros, tecnicamente medíocres, com padrinhos nas forças vivas da cidade, promovidos por avaliadores desleixados ou temerosos de lhes ver barrada uma reforma confortável.
Cheiram a testosterona requentada quando, mentalmente, percorrem os fluxogramas na procura de uma pequena vantagem que possa dificultar a vida ao outro. Têm a memória saturada de automóveis, futebol e esquemas de um indefinido sonho exótico.
Movem-se por dinheiro ou pelos objectos onde julgam ver a felicidade. Contrariam-se no que fazem em gestos despegados de copy-paste. Usam o seu pequeno/grande poder para exigir portagens, certos da constância dos costumes e de que não serão nem social nem criminalmente punidos. Opõem-se a qualquer eficiência, porque é na ineficiência e no poder de activar a alcateia (onde até as fêmeas lhes tomam os trejeitos), que têm o seu espaço.
É o chico-esperto português. O fruto da não promoção da competência.
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