Os nossos políticos são os representantes da grande massa portuguesa que não estuda, que nem um dicionário tem em casa, da malta do desenrasca incapaz de compreender um livro de instruções, dos que enchem a boca com direitos e que ignoram os deveres, mas que teima em entrar para o clube dos que se preocupam em trabalhar com qualidade e eficiência.
Entendem bem quem chega ao emprego e vai tomar o pequeno-almoço, quem a meio da manhã se ausenta para um demorado café, quem vos dá desculpas esfarrapadas para um qualquer incumprimento, porque o seu passado é feito disso mesmo.
Uma vez eleitos, sabem (por intuição), como se aguentar. Primeiro promovem um dos típicos eleitores a um lugar de visibilidade, para que seja ele a interface com esse povo, à semelhança do que faziam os "capo" nos campos de concentração nazis, também eles recrutados entre os oprimidos.
Surgem então os Varas, os Oliveiras e os "boys", que se irão encarregar de recrutar para a administração pública os "yesmen" coxos, a que outros se irão chegar na esperança de uma benesse. Fica assim criado um círculo de protecção. Depois só têm de justificar as asneiras com uma lógica de benefício institucional que tornaram "inevitáveis" o agravamento das já gravosas dificuldades orçamentais.
O resultado final é estarmos dirigidos por palermas atormentados com a sua promoção social. Gentinha que se pavoneia em carros desportivos ou topo da gama, cheia de trejeitos, com as hesitações disfarçadas de altivez, que enoja os atentos e atemoriza a populaça.
4 comentários:
A regeneração do processo só surgirá do "ter de ser", que tem muita força ...
Essa mecânica socio política depende de um fator fundamental - recursos, nomeadamente dinheiro, permanentemente vertidos sobre a máquina para a olear!
Faltando este, começa a emperrar o seu funcionamento e virão ao de cima as suas fragilidades.
Daí que até encaro com alguma esperança a penúria que se avizinha, porque é a última oportunidade de fazer reset ao sistema!
Confuso?
Ora leia de novo ...
Apenas ua palavra para seu blog...inteligente, adoro tudo que fale de POrtugal, sou bisneta, neta e filha, adicionei vc,bj
Caro JARRA:
Lamento ter de concordar.
De facto, os "novos ricos" não sabem aplicar o dinheiro para o futuro e comportam-se como se só o dia de hoje contasse.
Para gerir mais dinheiro do que se está habituado, há que ser detentor de uma estrutura organizada, sem elos fracos continuamente a ceder.
Portugal ainda precisa de umas duas gerações de remediados antes de se abalançar à Europa dos ricos.
Adriana: Duplamente obrigado!
Obrigado pela sua preferência e obrigado por se manter neste grupo!
Escreva!Bj
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