Ontem morreu o último combatente da I Guerra Mundial, com honras de primeira página nos jornais do mundo.
Há um mês que o Carlos se meteu à procura da memória de um tio-avô, que mais não era que uma fotografia perdida no fundo de uma gaveta.
Aos poucos foi-lhe dando forma e, com notas de conversas, pesquisas na Net e idas às Bibliotecas, o homem tornou-se gente, com família, deveres e projectos.
Luís Gonzaga Pereira Dias Ribeiro, nasceu a 21 de julho de 1885, concluiu o curso dos Liceus e frequentou a Escola de Guerra. Foi alferes, tenente e entrou na guerra capitão de Infantaria. Tinha mulher, filhos, pais, irmãos e mais parentes. Era brioso e disciplinador. Tinha porte, boníssimo coração e excelente carácter.
Foi enviado para a frente de batalha, no vale da ribeira La Lys. Resistiu ao fogo cruzado, à artilharia e aos gazes, mas a sorte não quis que sobrevivesse a um estilhaço de granada, naquele 9 de Abril de 1918, numa retirada estratégica. Não morreu só. O ataque alemão "em grande estilo", foi mal "suportado" pelas três brigadas da 2ª divisão, que se viram esmagadas pela superioridade de fogo artilheiro e pelo grande número dos efectivos inimigos.
De nada valeram as missas celebradas no altar da Nossa Senhora da Conceição na igreja da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco, implorando à Virgem o bom êxito das armas portuguesas.
A sua morte avassalou o coração de todos quantos o conheciam. O seu corpo ficou no Cemitério Militar Português de Richebourg e uma placa assinala a casa onde nasceu, em Viana do Castelo!
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