Manda o bom senso que se não coma o mel e as abelhas, mesmo quando não se promove a temperança.
As "conquistas" e o "andar para frente" dos últimos anos, foram como a saia das mulheres que ora acima ora abaixo do joelho, se defendem hoje, amanhã não se usam e voltam pouco depois.
Há duas décadas, nos países de leste era moda "o pleno emprego" e colocavam-se dezenas a produzir o que meia dúzia podia fazer, enquanto do outro lado do mundo se contabilizava o trabalho ao segundo, para obter o máximo de "rentabilidade", sem que outra sabedoria lhes contivesse essas grandes verdades.
Noutros locais esse radicalismo não foi aplicado e criou-se um Estado Social com alguma harmonia e desenvolvimento, que a globalização veio destruir com os "novos paradigmas" que convenceram os nossos políticos de pacotilha a abandonar as pescas, a agricultura, os têxteis e todas as indústrias básicas, pondo o país a “receber para não fazer" e a comprar o "made in China".
Sem projecto de crescimento harmonioso, secundarizaram as pessoas a essa "economia", e obrigaram quem estava tradicionalmente ligado aos recursos naturais a iludir-se com "Politécnicos e Universidades" para aprender o que dá acesso ao desemprego, desertificando as aldeias e desestruturando o interior.
Não houve lucidez para entender as “âncoras” do país e defender a relação da população com a terra e com o mar, até que a "União Europeia" garantisse uma verdadeira união monetária, política e económica.
O resultado é sermos governados por fluxogramas de Bruxelas para voltarmos "ao bom caminho", enquanto ruminamos as "problemáticas", porque acreditámos que podíamos comer o mel e as abelhas.
1 comentário:
Pois é! Infelizmente...
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