O que eu visto não é linho
Ando até de pé no chão
E o cantar de um passarinho
É p'rá mim uma canção
Vivo com a poeira da enxada
Entranhada no nariz
Trago a roça bem plantada
P'rá servir o meu país
Sou, sou desse jeito e não mudo
Na roça nós tem de tudo
E a vida não é mentira
Sou, sou livre feito um regato
Eu sou um bicho do mato
Me orgulho de ser caipira
Doutor, eu não tive estudo
Só sei mesmo é trabalhar
Nessa casa de matuto
É bem–vindo quem chegar
Se tenho as mãos calejadas
É do arado rasgando o chão
Se a minha pele é queimada
É o sol forte do sertão.
Enquanto alguém faz guerra
Trazendo fome e tristeza
Minha luta é com a terra
P'rá não faltar o pão na mesa
Às vezes vou a cidade
Mas não sei falar direito
Pois caipira de verdade
Nasce e morre desse jeitoNo Brasil ainda se fazem músicas onde se glorifica o trabalho agrícola e o ambiente rural.
Qual é a data da última música portuguesa sobre o mesmo tema?
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