Na foz do rio Távora tomamos café numa esplanada sobranceira ao Douro, aconchegados pelos montes que abraçam o rio, que majestosamente serpenteia. É o princípio deste dia no Douro Vinhateiro, Património da Humanidade desde 2001.
Passado o Pinhão, subimos a Casal de Loivos para uma panorâmica dos vinhedos que com os socalcos, os patamares com os seus taludes e a vinha "ao alto" nos declives menos acentuados, dão aos montes a regularidade de uma verde manta de retalhos da monocultura.
As quintas internacionalizaram-se e os seus proprietários, são agora gente de muitos teres que requalificaram as casas para Enoturismo, Turismo em Espaço Rural e para casamentos e outros eventos, a preços internacionais.
Os baldios foram reconvertidos em vinhas e já não se vêm os mortórios que ainda há dez anos pontuavam na paisagem. Produzem-se vinhos com denominações de origem “Porto” e “Douro” para consumo e exportação (muito para os PALOP e sonha-se com a China).
Os nomes Américo Amorim, Eduardo dos Santos, Miterrand e outros igualmente sonantes surgem amiúde.
Visitamos a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo associada ao primeiro. É a filha que faz a gestão. Almoçamos na esplanada, pão, vinho e uma tábua de queijos e enchidos.
Na recepção dizem-nos que estão cheios e pelo modo como o recepcionista nos fala percebe-se a sua maior disponibilidade para o público estrangeiro. Mesmo assim disponibiliza-se para nos guiar numa visita à adega e nos mostrar os “Ferrari” onde o vinho é processado. Tudo em grande!
Não resisto e pergunto-lhe se usam rolhas sintéticas nos vinhos destinados a serem consumidos muitos anos depois de engarrafados, e sou fulminado por uns cabelos em pé, pois "as rolhas do Sr. Amorim têm o problema do TCA resolvido". Ainda lhe pergunto o que é o TCA, mas ele adianta-se e orienta-nos para fora da sala onde estão armazenadas as garrafas destinadas à História.
(Nota: O TCA, abreviatura de 2,4,6- Tricloroanisole, é um químico encontrado em produtos alimentares e líquidos. Quando contaminados com TCA, os vinhos apresentam um "sabor a rolha" , mas a contaminação pode ter outras origens. O TCA resulta da actividade de microorganismos, como os fungos Penicilium e Trichoderma).
De volta à Régua, passagem pelo Miradouro de S. Leonardo de Galafura para nova vista sobre o vale. Jantamos num armazém a preços do centro da Europa, rodeados de ingleses, com a sensação de que Portugal não sobrevive muito tempo.
Passado o Pinhão, subimos a Casal de Loivos para uma panorâmica dos vinhedos que com os socalcos, os patamares com os seus taludes e a vinha "ao alto" nos declives menos acentuados, dão aos montes a regularidade de uma verde manta de retalhos da monocultura.
As quintas internacionalizaram-se e os seus proprietários, são agora gente de muitos teres que requalificaram as casas para Enoturismo, Turismo em Espaço Rural e para casamentos e outros eventos, a preços internacionais.
Os baldios foram reconvertidos em vinhas e já não se vêm os mortórios que ainda há dez anos pontuavam na paisagem. Produzem-se vinhos com denominações de origem “Porto” e “Douro” para consumo e exportação (muito para os PALOP e sonha-se com a China).
Os nomes Américo Amorim, Eduardo dos Santos, Miterrand e outros igualmente sonantes surgem amiúde.
Visitamos a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo associada ao primeiro. É a filha que faz a gestão. Almoçamos na esplanada, pão, vinho e uma tábua de queijos e enchidos.
Na recepção dizem-nos que estão cheios e pelo modo como o recepcionista nos fala percebe-se a sua maior disponibilidade para o público estrangeiro. Mesmo assim disponibiliza-se para nos guiar numa visita à adega e nos mostrar os “Ferrari” onde o vinho é processado. Tudo em grande!
Não resisto e pergunto-lhe se usam rolhas sintéticas nos vinhos destinados a serem consumidos muitos anos depois de engarrafados, e sou fulminado por uns cabelos em pé, pois "as rolhas do Sr. Amorim têm o problema do TCA resolvido". Ainda lhe pergunto o que é o TCA, mas ele adianta-se e orienta-nos para fora da sala onde estão armazenadas as garrafas destinadas à História.
(Nota: O TCA, abreviatura de 2,4,6- Tricloroanisole, é um químico encontrado em produtos alimentares e líquidos. Quando contaminados com TCA, os vinhos apresentam um "sabor a rolha" , mas a contaminação pode ter outras origens. O TCA resulta da actividade de microorganismos, como os fungos Penicilium e Trichoderma).
De volta à Régua, passagem pelo Miradouro de S. Leonardo de Galafura para nova vista sobre o vale. Jantamos num armazém a preços do centro da Europa, rodeados de ingleses, com a sensação de que Portugal não sobrevive muito tempo.
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