quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Gestão Hospitalar e o desperdício


Os hospitais empresa (EPE) são uma das grandes ameaças ao cumprimento das metas de contenção orçamental impostas pelo memorando de entendimento (MoU).

"O esforço inicial para reduzir custos operacionais em 15% para as empresas do sector empresarial do Estado iniciado ainda pelo anterior Governo teve níveis diferentes de sucesso nos vários sectores. Em particular, no sector da saúde está claramente abaixo do esperado", diz o relatório da ‘troika' ontem divulgado. O documento não poupa críticas ao desempenho dos hospitais.
Um exemplo já inscrito no novo documento: o corte imposto nas horas extraordinárias dos profissionais de saúde duplicou. Agora, os hospitais têm de cortar 20% nas horas extra em 2012 e outros 20% em 2013".

Há três anos que assisto a investimentos dispensáveis e a aumento do desperdício, quando a ordem já era poupar. E não foi por falta de gestores, que andam por toda a parte, não a gerir, mas … a “monitorizar”.

Quem "geriu" (e gere ... pois não mudaram) as EPE, mostrou-se excessivamente sensível a "parangonas" e, incapaz de relacionar custos com eficiência, esconde-se atrás de números de significado duvidoso e de frases de “boa vontade", para justificar os gastos que ultrapassam os seus orçamentos.

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