Esta coisa de ser “moderno” tem custos, principalmente quando a vaidade toma conta de nós e fazemos da exibição a nossa mais valia. Então é-se dominado pelo guarda-roupa, pelo automóvel, pelos trejeitos e pela conversa de circunstância, enquanto o essencial se escoa.
É assim com as pessoas e é assim com as cidades das pessoas, quando se faz obra monumental como quem diz:
“faça-se a ponte, que o rio logo aparece!”
Viana do Castelo armou-se em cidade de gente rica. Desertificou e deixou degradar muito prédios do centro histórico, multiplicou o estacionamento pago, descurou o transporte colectivo e "expandiu-se" para a periferia, para mostrar vaidade com a frente ribeirinha.
Como consequência, vai ter de suportar uma manutenção acrescida e, como o plano não está dimensionado à sua medida, está-lhe reservada uma "política de bombeiro" para acorrer às situações mais prementes.
Sem comentários:
Enviar um comentário