domingo, 13 de setembro de 2015

O Cerne e o Alburno



Sou absolutamente contra a AUSTERIDADE  e desesperadamente a favor do RIGOR.
E dito isto, passemos ao cerne.

O fundamental para qualquer animal é a alimentação que lhe permita crescer e manter-se saudável, um abrigo onde possa descansar em segurança e a possibilidade de se poder reproduzir, para se  perpetuar depois da morte.
Estas três condições constituem o ambiente favorável que qualquer progenitor deve garantir.

Numa sociedade humana moderna, a maioria da população, conta também com o Estado para lhe assegurar estas condições e centra-se essencialmente na sua valorização dentro do grupo, e olha para a fome e para insegurança como perigos longínquos. Quanto à reprodução ... "temos tempo!".

Para conseguir lugar de destaque e obter índices que lhe permitam o reconhecimento dos outros, há que se meter por um dos caminhos já existentes ou arriscar abrir outros não trilhados e ser o primeiro, nem que seja a dar a volta ao mundo em cima de um skate. São opções individuais com toda a legitimidade, desde que não interfira com o bem-estar do próximo, pois o que fizer só irá  "animar a economia".

Outra coisa é quando se gasta o dinheiro dos outros, seja ele dos contribuintes, depositado em Bancos Privados ou de um patrão desatento. Aí não pode haver desperdício e as contas têm de estar certas com o acordado. Os luxos, se os houver, devem estar previamente estabelecidos, porque a norma é a eficácia e não a vaidade.
No Estado, viaturas oficiais "topo de gama" e luxo nos gabinetes oficiais, só para a Presidência da República e Primeiro Ministro, mas com despesas de representação muito bem justificadas. Ponto Final.

Por isso pasmo quando ouço falar de Austeridade na Administração Pública, onde eu esperava ouvir Rigor e responsabilização de todos os que, por incompetência ou desleixo, malbaratam os recursos que lhes estão disponíveis.
Por exemplo: gostava de ver auditorias sobre a ADSE, ADMG e outros subsistemas de Saúde que, actualmente, sustentam as múltiplas clínicas que proliferaram a empolar tratamentos e exames auxiliares de diagnóstico para compensar (e não só) o fraco preço da consulta.
Isso seria Rigor e não Austeridade.

Gostava de sentir um Rigoroso controle dos gastos dos Ministérios, Autarquias e Empresas Públicas, que as impedissem de fazer obras desnecessárias ou impossíveis de manter.
Mas acima de tudo gostava que se tivesse aprendido alguma coisa com o nosso passado e se tivesse identificado quem nos propôs e facilitou os desmandos que nos levaram a ficar reféns de uma dívida impagável, para poder decidir um caminho mais saudável.

Não é com austeridade que nos resolvemos. É com Rigor e Responsabilização.
É esse o cerne! A Austeridade é ... o carnaz!

7 comentários:

pintamonas disse...

E também nos hospitais públicos a pagar horas extras, em especial aos sábados e domingos a jarretas de mais de 55 anos que deveriam ir dormir para casa, pois estão dispensados da urgência noturna, deixando para os médicos jovens as horitas extras, que bem mais precisam delas, custando á administração metade do preço do que gastam com "chefes de serviço e seniores carunchosos" com o preço/hora de tempo completo prolongado com exclusividade, que já têm tempo de serviço e idade para ir para a "retraite". Isso é que era também RIGOR! Bem o prega frei Tomás

capitão disse...

Há qualquer coisa de patológico no seu comentário, pelo que não merece resposta.

pintamonas disse...

O capitão está a ver-se num espelho deformado (mágico) e vê o argueiro no vizinho mas não o tronco á frente do nariz. Imagina-se capitão general (marechal) dum exército virtual de puros, mas caia na real, não passa dum miliciano de galões e dragonas oxidadas pelo tempo e pelo uso, qual "capitão-lateiro" a tratar da vidinha, como todos RIGOROSAMENTE!

capitão disse...

Há muitos modos de levar a vida. Há muito modo de olhar para.a.carreira dos outros. No seu vejo inveja e frustração. Resolva-se e não se esconda atrás de um anonimato, que lhe permite o insulto gratuito.

pintamonas disse...

Não se enerve "captain", não lhe fica bem. na sua idade e posto Ainda não o insultei, nem o farei. apenas teço algumas críticas entre aquilo que teoriza, o RIGOR, e aquilo que é a pratica do dia a dia, o VENHA CÀ O MEU sem respeitar as escalas da urgência e a distribuição das noites gordas e extraordinárias! Que deve deixar para outros e o não faz. Porquê? Já tem tempo de serviço e idade que chegue para dormir em casa. Porque fazê-lo nos sofás hospitalares? Se calhar toquei-lhe onde dói E como não está anestesiado estrebucha. Aposente-se que a dor passa. RIGOROSAMENTE

capitão disse...

Para acabar o assunto, informo-o que há mais de quatro anos que não faço noites no SU. Tente aliviar a sua tensão no ciclismo. Vai ver que melhora.

pintamonas disse...

Para aliviar e medir tensões, nomeadamente arteriais, frequento os hospitais privados, raramente os públicos, pois com 3,70€ escolho a especialidade médica que quero, começo no alergologista e acabo no urologista, faço isso uma ou duas vezes no ano, fica barato e pedem-me muitos exames (uns faço outros não) mas são todos registados. Enquanto espero ouço estórias mirabolantes de médicos enfermeiros e doentes; fica-me mais barato que frequentar o teatro ou cinema e vou aprendendo sobre o corpo e a mente sem pagar propinas. quer melhor? Pelo custo que se vendem as consultas no privado ou no público, parece-me que drs e enfermeiros por cá, estão em saldo, por isso vão para as Arábias ou para Londres. No público também gosto muito mas é um pouco mais caro 7€, mas com jeito e queixas apropriadas dão-me cama, mesa e roupa por uns dias de borla. Já se for no privado a hotelaria não compensa e se me dão remédios disfarçadamente vão para a sanita, depois digo que estou melhor e dão-me alta. Bem melhor que esfalfar-me no ciclismo, ginásio ou piscina. Não acha meu capitão? É mais barato e fico com estatuto de "crónico" (que tem mais vantagens) e a conhecer os doutores todos, incluso o meu capitão é quem dá altas com mais facilidade e presteza que a maioria dos seus jovens colegas, sabe da poda e manda-os morrer longe livrando-se de passar os certificados de óbito electrónicos. não digo mais nada pois já me aliviei (sem rumor nem odor)!