terça-feira, 31 de março de 2009

Alcoolismo em quadros superiores
















Cerca de 80% da população portuguesa consome regularmente bebidas alcoólicas. O consumo em baixas quantidades pode ter efeito benéfico, pois parece diminuir a incidência de enfarte do miocárdio, de acidente vascular cerebral, e possivelmente de demência de Alzheimer.

Contudo, beber mais de 2 bebidas standard por dia aumenta o risco de problemas de saúde.

O Etanol atravessa facilmente as membranas, estabelecendo-se um equilíbrio rápido entre o sangue e os tecidos.
Uma bebida standard (12 gr de etanol) causa, em média, um valor no sangue de 0,2g/l. Em Portugal, a taxa limite de alcoolemia permitida aos condutores é de 0,50 gr/l.
Quem ultrapassar a taxa máxima definida por lei, estará sujeito a coimas, que variam em função do valor da taxa apurada. Assim, uma taxa de alcoolemia entre 0,5 g/l e 0,8 g/l é considerada uma contra-ordenação grave, que poderá ser punida com a proibição de conduzir por um período de 1 mês a 1 ano, e o pagamento de uma multa de valor entre 250 a 1.250 euros. Uma taxa de alcoolemia entre 0,8 g/l e 1,2 g/l é considerada uma contra-ordenação muito grave, e implica proibição de conduzir entre 2 meses e 2 anos, e multa de 500 a 2.500 euros. Uma taxa igual ou superior a 1,2 g/l é considerada crime, punível com pena de prisão até 1 ano ou multa até 120 dias, para além da inibição de conduzir por um período de 3 meses a 3 anos.
Os puristas podem fazer aqui as contas - 1 Libra (Pound)= 450 gr; 1 Onça (Oz) = 28,5 ml

Consideram-se bebedores moderados, com baixo risco de vir a ter problemas associados ao consumo de álcool, as mulheres e os idosos (> 65 anos) que bebem menos de 2 bebidas standard por dia, e os homens que bebem menos de 3.

Mais de 10% dos portugueses têm consumo abusivo de bebidas alcoólicas. O padrão mais típico é o jovem adulto do sexo masculino, solteiro e com baixos rendimentos, mas todos os grupos sociais estão afectados, porque se associou ao alcoól um falacioso efeito anti-depressivo.
O abuso de álcool está associado ao consumo de tabaco - 80% dos alcoólicos fuma e 30% dos fumadores são alcoólicos.

O início do consumo de bebidas alcoólicas antes dos 21 anos aumenta em quatro vezes o risco de se tornar alcoólico e é por isso que não entendo a permissividade ao abuso de bebidas alcoólicas nas Festas de Universitários. Será que em 12 anos de ensino não se alertou para o risco da degradação?
Nos últimos meses para além do pobre alcoólico comum com intoxicação aguda, acidente de viação, trauma, síndrome de abstinência, cirrose hepática, pancreatite, demência ou miocardiopatia, tenho tropeçado em quadros superiores a morrer com alcoolismo activo ou com as consequências tardias dos abusos da juventude, e pergunto-me:
- Será que não foi em período académico que tudo começou?
- Que grau de complacência merecem, quando activos?

domingo, 29 de março de 2009

Baixo Profundo



O solenidade intemporal desta conjunção de vozes masculinas, constitui um alarde de potência e musicalidade.

sábado, 28 de março de 2009

Consulta de substituição
























- “Faz favor de se sentar, Dona Emília. Hoje sou eu a fazer-lhe a consulta. O Dr. Raimundo não pode estar e pediu-me para o substituir. Como está?”
- “Sr. Dr., ainda tenho cólicas e, se comer fora da dieta, fico com diarreia.”
- “Deixe-me cá ver o seu processo. ... A Sra. no último ano foi operada 4 vezes, não foi?
- “Sim, Sr. Dr.!”
- “E não lhe deram uma Caderneta?
- “Uma Caderneta?”
- “Sim! Com tanta operação! A Sra. já tinha quatro carimbos. Ao quinto tinha um bónus!”, digo em tom de chalaça, para amenizar aquela má sorte.

O resto da consulta decorreu normalmente, e marquei nova consulta, para o meu chefe.


Dois meses depois, vem à Consulta do Dr. Raimundo:
- “Então como está dona Emília? Faz tempo que a não vejo! Da última vez foi o Dr. Carlos que a viu! Fez os exames que ele lhe pediu?”
- “Fiz Dr.! Disseram que iam para o computador! Mas ele disse-me também que eu tinha direito a uma Caderneta!
- “Ele disse o quê?”
- “Disse que o Sr. Dr. me devia ter dado uma Caderneta para pôr os carimbos das operações, porque à quinta, tem-se um prémio!.”
- “Como disse? ELE DISSE O QUÊ ????????????”


História de HL

quinta-feira, 26 de março de 2009

António dos Santos



António dos Santos (1919-1993), fadista nostálgico e dolente, criador da balada de Lisboa, que não teve seguidores.
Uma voz inconfundível, que me lembra o mar e as horas que antecedem o sono depois de um dia de faina.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Pânico
























Perturbação de Pânico é uma condição psiquiátrica, caracterizada por episódios de medo intenso e início súbito, que duram de alguns minutos a 1 hora e que frequentemente se acompanham de sintomas de sofrimento orgânico.
É um diagnóstico difícil, principalmente quando se associa a uma qualquer doença grave e, como tal, pode não ser diagnosticado.

A Tânia era funcionária do Hospital e tinha estado internada no mês anterior com um Enfarte Agudo do Miocárdio, que decorrera sem complicações. Fora efectuada “estratificação de risco” e, por se concluir por doença de baixa gravidade, optara-se por terapêutica médica.

No mês seguinte entrou 3 vezes no Serviço de Urgência, com sintomas sugestivos de novo enfarte. De todas as vezes despoletou os gestos dirigidos à doença cardíaca, que não se confirmou, sem nunca lhe diagnosticarem Pânico, e lhe escalarem a terapêutica que já tomava para a Ansiedade.

À 3ª ficou na Sala de Observações a aguardar análises, já com todo o pessoal a catalogá-la de “maluca!”, pois a proximidade de anos a fio, tem estes custos.
Depois de medicada, foi-lhe diminuida a prioridade.
Apelativa e sem resposta suficiente de médicos ou enfermeiros, questionou um maqueiro, seu conhecido de muitos anos, que por ali passava:
-" Oh! Zé!. Oh Zézinho! Ajuda-me, que eu vou morrer! Ajuda-me!"

O Zé, com a certeza das "conversas de corredor", responde, enquanto se lhe chega:
-“Ouve lá! Tu dizes que vais morrer, e pedes-me ajuda? A mim, que sou maqueiro?
- Olha! Se vais mesmo morrer, ajuda-me tu, e vai a pé para a Morgue!”

E com isto se foi.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O Trauliteiro que há em nós!



Destruir o que os outros constroem é a compensação que resta aos que não são capazes de criar, de transformar. Rende mais, é moda, é in, dizer mal, até porque não tem consequências dizê-lo; a capa da liberdade fez-se álibi, manto diáfano de impunidades para a traficância, a chantagem, a devassa, a calúnia, a insinuação, o cinismo, a cobardia.
Carreiras, dignidades, projectos, iniciativas, sonhos, são demolidos, inibidos, ante alarvidades públicas e desesperos privados.
Os julgadores não estão, sabe-se, do lado da ousadia, do golpe de asa, do futuro, da mudança, da experimentação; estão do lado do lugar-comum, do instituído, do previsível, do correcto – a que dão voz para ter voz e proveito.

In “Os Mal-Amados” de Fernando Dacosta

Frequentar anões deforma a espinha vertebral (Oscar Wilde).

domingo, 22 de março de 2009

O meu tio Elviro

Elviro Rocha Gomes (1918 - …). Pedagogo. Homem de histórias e poemas. Mito de sã loucura.

Professor de Inglês / Alemão, informal, excêntrico e com as artes do ensino nas veias, encantou os alunos e deu-lhes o gosto do saber, para pasmo e crítica.
A loucura vinha-lhe da paixão com que vivia e ensinava.

Formou-se em Coimbra e iniciou-se no Liceu Passos Manuel em Lisboa, mas a política atirou-o para 5 anos de desterro no Funchal. Depois é Viana do Castelo, até o reitor o obrigar a Faro (1953), e ser recolhido pelos poetas.
Por onde passou, deixou amigos e a memória das picardias e entusiasmos com que se faz a aprendizagem.
Publicou poemas e sobre literatura, que o referenciaram, mas foi o chiste e a paixão dos poemas iniciais, que marcaram a minha memória.












Carta
(ao Carpinteiro a questionar a Conta por umas estantes)

Cento e setenta e um escudos,
Por um serviço tão pouco?
Não me quererá voltar,
Cento e cinquenta de troco?

Creio, e não me leve a mal,
Nem me julgue para querelas.
Que estando certo o total,
Estão erradas as parcelas.

E se uma conta somada,
Tem um e não dois totais.
Parcelas pode ter muitas,
E até parcelas a mais…

PS:
Se, totalmente falando,
Me quiser chamar forreta.
parcelarmente indagando,
quanto incluiu de gorjeta?












Vou de coche


Vou de coche, vou de coche,
Vou de coche, e vou contente.
Quem não quer andar de coche,
Fuja já da minha frente.

Há quem use o avião,
E quem gaste a camioneta.
E quem vá pela estrada fora,
Em cima da bicicleta


Eu cá por mim vou de coche,
Vou de coche e não vou mal.
Quem não quer andar de coche,
Cá comigo não se rale.

Há quem ande de helicóptero,
A fazer sombra no chão;
Outros, que vão no deserto,
De camelo é que eles vão.

Mas eu cá por mim vou de coche,
Vou de coche porque quero.
Quem não quer andar de coche,
Lá por ele é que não espero.

U-U-U – passa o comboio,
Faço-lhe adeus com um lenço.
Demora muito a passar,
Porque é pesado e extenso.

Eu porém só vou de coche,
Vou de coche sem parar.
Quem não quer andar de coche,
Não me venha importunar.

Um automóvel veloz,

Vem-se aproximando agora.
inda bem isto não disse,
Já se foi daqui p’ra fora.

Eu cá é que vou de coche,
Mais a minha companheira.
Quem não quer andar assim,
Ande lá doutra maneira.

Vou de coche, vou de coche,
Vou de coche e continuo,
E também vão dentro dele,
Quatro filhos que possuo.

Vou de coche, vou de coche,
Muito bem acomodado.
E a família dentro dele,
Vai muito bem, obrigado.










Futebol


Chega a casa cansadíssimo,
Respirando muito a custo,
Uma autentica ruína,
De um rapaz são e robusto.

António Amadeu Fernandes,
Vai repousar no seu leito.
Sua, está afogueado,
Desconjuntado, desfeito.

- O desporto realmente,
(segredam enquanto dorme),
Faz bem, mas tem um contra,
Que é desvantagem enorme.

Sé praticado sem método,
Ou então com violência
Prejudica o organismo,
E não tem eficiência.

Torce-se na cama o António,
Rebola do meio á borda.
- Jogaste a keeper ou a back?
(lhe perguntam quando acorda).

-Não (diz ele) o meu desporto,
Cansa e é mais duro. Eu que o diga!
Joguei a peão na assistência,
Contra uma claque inimiga!

sábado, 21 de março de 2009

O meu neto e o pai dele


-Papá, vamos jogar um jogo?
-Está bem! Qual?
-Eu digo marcas difíceis de carros e tu repetes, ok?
-Ok!
-Rover!
-Rover!
-Volvo!
-Volvo!
-Renault
-Renault!
-Olha, João, agora fazemos ao contrário, eu digo e tu repetes, pode ser?
-Pode ser!
-Saab!
-Saab!
-Kia!
-Kia!
-Chevrolet!
-Chevrolet! Papá, já chega! Agora vamos mas é jogar com marcas de pessoas!
-Mas as pessoas não têm marcas!
-Não têm marcas?
-Não! Têm nomes!
-Então nomes difíceis de pessoas. Ok?
-Começo eu. Albertino, conheces algum?
-Albertino? Conheço. É o da avó Antonieta!
-Exactamente! e Antonieta também é um nome difícil. Antonieta e Aminda, conheces?
-Sim, avó Arminda!
-E agora outro difícil, que acho que tu não conheces: Clementina!
-Clementina? Quem é?
-Era como se chamava a minha avó!
-E onde está ela?
-Já morreu!
-Sim, mas onde está ela?
-Ehh, ....há quem ache que as pessoas quando morrem se transformam em estrelas no céu!
-E podemos falar com elas?
-Falar não, mas podemos pensar nelas e lembrar-nos das coisas que elas nos diziam. Por exemplo sabes aquela música do tão lindinho, tão lindinho, tão lindinho, curucucu?
-A da avó Guida?
-Sim! A minha avó Clementina era mãe da avó Guida e foi ela que nos ensinou essa música!
-Ah, está bem! E quem é a tua avó agora?

sexta-feira, 20 de março de 2009

É Primavera



Enquanto ouço e vejo, lembro Vinícius de Moraes

São demais os perigos desta vida p'ra quem tem paixão
Principalmente quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar que actua desvairado
Vem se unir uma musica qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher
Uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer de tão perfeita
Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua

quinta-feira, 19 de março de 2009

O Sr. Licínio



-"Dr!, Dr!. Não se lembra de mim? Sou o Licínio. Fui seu doente há mais de 10 anos, antes do Dr. ir trabalhar só para o Hospital!"
-“Claro que lembro! Então como vai essa saúde?”, pergunto, enquanto associo os dados que a memória aos poucos me vai fornecendo.
- “Agora ando com o Dr. Rui! Não desfazendo, também é bom médico!. Parece que tive uma pneumonia brava e vim parar aqui! Felizmente que já estou melhor!”
-“E aquilo do rim, está bem?”, pergunto, no receio de ter havido alguém mais afoito que lhe quisesse tirar aquele mal, que provavelmente nascera com ele, e que, não fora uma Ecografia, nunca teria sabido que o tinha.
-“O rim ainda cá está. O Dr. Rui é da mesma opinião do Dr.!”, e a conversa de circunstância prolonga-se pelo corredor da enfermaria.
Num repente lembro-me de um outro pormenor. O homem foi à consulta no fim do trabalho e vinha suado e sujo. Nesse dia faltara a empregada e eu tive de receber o pagamento da consulta. Então ele tirou do bolso o saco de plástico onde tinha o dinheiro amarfanhado e despejou-o em cima da secretária. Depois escolheu as notas, alisou-as e entregou-mas. Por fim enfiou tudo outra vez no saco, e meteu-o de novo no bolso das calças, deixando dispersas em cima da secretária migalhas e o que me pareceu serem caganitas de rato.
Estupefacto, aguardei qualquer atitude de constrangimento, que não surgiu.
-“Boa tarde, Sr. Dr!”
-“Boa tarde Sr. Licínio”, despedi-me enquanto as soprava para um dos lados.
Agora, para confirmar tudo isto, pergunto:
-“Olhe lá Sr. Licínio. Você ainda vende bolos na feira?”

quarta-feira, 18 de março de 2009

S. Paulo







"Deus escolhe o que há de mais fraco, para confundir os fortes, e o que há mais desprovido de saber, para confundir os sábios", S. Paulo,
nas Epístolas.

É assim a vida, qual poker, sem jogo máximo.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Imigrantes



No passado, o Velho Continente tomou conta do novo mundo; no futuro, o novo mundo vai tomar conta dele - invadi-lo, não de espada em riste, mas de garfo em punho: não quer matar, quer comer, não pretende destruir, pretende consumir.

In "Os Mal-Amados" de Fernando Dacosta

domingo, 15 de março de 2009

Casa da Música

Ontem. Mas pela Orquestra Nacional do Porto. Maestro: Klaus Weise


Silvestre Revueltas (1899 – 1940) - compositor mexicano. “Sensemaya” é uma palavra maia para uma canção ritual. Este poema sinfónico fundamenta-se num poema do cubano Nicolás Guillén (1902 – 1989) que é um cântico imaginário à morte sacrificial de uma serpente.

Há muito tempo que uma música me não arrepiava tanto!

sábado, 14 de março de 2009

Hollywood








Eu cresci na época do filme de cowboys, onde pistoleiros, aventureiros, jogadores, xerifes e vadios, vagueavam de cidade em cidade, possuindo apenas a roupa que traziam no corpo, um revólver e um cavalo, onde o Bem vencia sempre, e a honra prevalecia sobre a lei.
O artista, por quem elas se vergavam, era um homem feito e o espaço para a juventude era limitado.

Mais tarde, os filmes deixaram de ser a preto e branco, o Bem e o Mal passaram a depender do observador, surgiram os imberbes, e os pequenos dramas do quotidiano sobrepuseram-se aos factos definitivos de uma vida.



É a vida!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Slogans


Slogans são frases ou citações de fácil memorização usadas em contexto político, religioso ou comercial como uma expressão repetitiva de uma ideia ou propósito. São uma das bases da propaganda.

Não tenho nada contra eles, desde que não sejam imutáveis, nem demasiado efémeros.

Vivem séculos, décadas ou anos.
Alguns são repescados, sempre que a imaginação falta: “- O Povo Unido Jamais Será Vencido!”, “- A Sorte Protege os Audazes!"
Outros morrem, como os que se ouviram diariamente na Emissora Nacional nos anos 60: “- Ajude-se a si mesmo, preferindo sempre os artigos nacionais! e “- A verdade é só uma, Rádio Moscovo não fala verdade!, mas estão sempre à espera de uma nova necessidade, como que a avisar:
-“Se abaterem as estátuas, conservem os pedestais. Poderão sempre voltar a servir” (Stanislaw J. Lek).

E assim se faz a História.

quinta-feira, 12 de março de 2009

O leitor



Sinopse: "Michael Berg, um adolescente nos anos 60, é iniciado no amor por Hanna Schmitz, uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Ele tem 15 anos, ela 36. Os seus encontros decorrem como um ritual: primeiro banham-se, depois ele lê, ela escuta, e finalmente fazem amor. Este período de felicidade incerta tem um fim abrupto quando Hanna desaparece de repente da vida de Michael.

Michael só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis. Inicia-se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração, a braços com a vergonha, julgar a geração anterior, responsável por vários crimes".

Deixou-me a pensar: 1- Na importância do acaso, 2 - Nas respostas que arranjamos para os problemas que nos põem.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Joselito


Era assim que chegava a Portugal a Espanha dos anos 50.
Joselito e Marisol a fomentarem os "meninos-prodígio", comigo a ouvir!

domingo, 8 de março de 2009

Futilidade Terapêutica



Eu ia escrever sobre futilidade terapêutica, mas depois de ler este texto de
Alexandre Laureano Santos - Cardiologista - que foi chefe de serviço no Hospital de Santa Maria, Lisboa,
faço "aspas" e suspendo o esforço.

sábado, 7 de março de 2009

Sindrome de Hamlet


















The Hamlet Syndrome: Overthinkers Who Underachieve

To be, or not to be, That's the question!


Ser ou não ser, eis a questão!

Hamlet sofria por ter consciência, para além do suportável, da sua tragédia, do que estava por vir, da sua incapacidade e cobardia frente à vida.


Quais são as características de “Síndrome de Hamlet” num dirigente?
1: Mensagem de insegurança, ambivalência e de dúvida. Apesar da sua inteligência, o líder não define as fronteiras entre o pensar e o actuar, relacionadas com a capacidade de tomar decisões, optimismo, segurança e valentia para avaliar e assumir os riscos.
2: Decisões demoradas ou tardias: A “eterna espera”. Reclama a necessidade de informação adicional, até que os factos o obriguem a decisões fora do tempo e forçadas pelas circunstâncias e sem a marca do seu carácter.
3: Liderança débil. Quando uma liderança maior fraqueja, surgem as políticas e as tácticas intermédias. Sem capitão a nave vacila, navega sem rumo claro e surgem os motins na tripulação.
4: Perfil esbatido e influenciável. Em vez de ser o líder a gerir os eventos, são estes que o manejam a ele, retirando-lhe espontaneidade, segurança e aprumo.
5: Muitos amigos / inimigos. Tornam difícil distinguir uns dos outros, pois os que parecem vir para ajudar, também parecem querer o seu oposto, o que leva a que muitos dos que poderiam cooperar sejam eliminados.
6: Medo de usar o poder. Jogar mal os trunfos que se tem. A demora na acção e no uso do poder de que se dispõe, irá destrui-lo a ele, aos amigos e à organização.
7: Gestão Reactiva e deficiente das crises. A falta de proactividade dá lugar à improvisação.
8: Paralisia para a análise: A eterna análise, avaliando os prós e os contras, de uma forma inconsciente para evitar a acção, mantendo a imobilidade ante o medo do fracasso e até o medo do próprio êxito. A pessoa debate-se, pois, com o eterno dilema, refugiando-se na zona de aparente protecção que a análise proporciona e onde se sente mais forte e segura.
9: Tudo demasiado tarde. Decidir quando a decisão já não tem utilidade.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Mr. Bean



Ficas aqui para as crises!

E tu também!

Almada Negreiros













Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa - salvar a humanidade.

José Sobral de Almada Negreiros - (1893 – 1970). Nasceu em São Tomé e Príncipe. Artista plástico e escritor multifacetado, arauto do futurismo e das vanguardas. Despertou ódios e paixões.
Um dos vultos portugueses que me deslumbrou e me deu referências.

Livros que dele lembro: Nome de Guerra ; Invenção do Dia Claro
Sobre a sua personalidade li: Conversas com Sarah Afonso

domingo, 1 de março de 2009

Amália Rodrigues


















Amália Rodrigues / José Régio
O meu Fado preferido: "O fado nasceu um dia"
Um bom poema, uma boa música, um bom interprete.