segunda-feira, 31 de março de 2008

Cat Stevens



Father
It’s not time to make a change, Just relax, take it easy
You’re still young, that’s your fault, There’s so much you have to know
Find a girl, settle down, If you want you can marry
Look at me, I am old, but I’m happy

I was once like you are now , And I know that it’s not easy
To be calm when you’ve found something going on
But take your time, think a lot, Think of everything you’ve got
For you will still be here tomorrow, but your dreams may not

Son
How can I try to explain, when I do he turns away again
It’s always been the same, same old story
From the moment I could talk, I was ordered to listen
Now there’s a way, and I know that I have to go away
I know I have to go

Father
I was once like you are now , And I know that it’s not easy
To be calm when you’ve found something going on
But take your time, think a lot, Think of everything you’ve got
For you will still be here tomorrow, but your dreams may not

Son
All the times that I cried , keeping all the things I knew inside
It’s hard, but it’s harder to ignore it , If they were right, I’d agree
but it’s them THEY know not me , Now there’s a way and I know
that I have to go away , I know I have to go

(father—
stay stay stay, why must you go and
Make this decision alone?
)


Steven Demetre Georgiou - Yusuf Islam, nasceu em Londres em 1948.
Vendeu cerca de 60 milhões de discos até deixar a carreira musical em 1978, depois de se ter convertido ao Islão.
Moldou o meu gosto musical

domingo, 30 de março de 2008

Meter Nojo


“Meter Nojo” é a expressão do Porto para definir a exibição de riqueza fora do seu contexto social.
O modo mais comum de “meter nojo” é conduzir devagarinho um carro acima do expectável, de modo a que não haja dúvidas de quem lá vai dentro.
É mais evidente ao fim-de-semana e nas férias, mas quem o pratica fá-lo sempre que pode.

“Meter nojo” dirige-se ao seu grupo de origem, já que aqueles que pretende imitar o excluem pelo desenvolvimento de elaborados códigos sociais de linguagem e comportamento.


sábado, 29 de março de 2008

Caetano Veloso

Tão simples! Tão lindo!



Cucurrucucu Paloma

Dicen que por las noches, no más se le iba en puro llorar;
dicen que no comía, no más se le iba en puro tomar.
Juran que el mismo cielo se estremecía al oír su llanto,
cómo sufrió por ella, y hasta en su muerte la fue llamando:

Ay, ay, ay, ay, ay cantaba, ay, ay, ay, ay, ay gemía,
Ay, ay, ay, ay, ay cantaba, de pasión mortal moría.

Que una paloma triste , muy de mañana le va a cantar
a la casita sola con sus puertitas de par en par;
juran que esa paloma no es otra cosa más que su alma,
que todavía espera a que regrese la desdichada.

Cucurrucucú paloma, cucurrucucú no llores.
Las piedras jamás, paloma, ¿qué van a saber de amores?

sexta-feira, 28 de março de 2008

Os Expostos

É ainda frequente chamar por alguém que tem por apelido - Exposto.

Hoje abro o programa do Hospital e procuro. Há 27. Quinze do sexo feminino e 14 masculino (2 já falecidos). O mais novo nasceu em Fevereiro de 2007 e o mais velho em Janeiro de 1906. Expostas são 12 (3 falecidas). A mais nova nasceu em Abril de 2003 e a mais velha em Dezembro de 1919.

Desde a aurora das civilizações que há aborto, infanticídio e abandono de crianças.

Na Grécia e Roma antigas os recém-nascidos defeituosos ou frágeis eram mortos, frequentemente por afogamento. As meninas mesmo se aparentemente saudáveis sofriam mais esse destino, pois mesmo uma família rica raramente criava mais que uma filha.
Este modo de estar tem par noutras civilizações (China, Índia, Japão, Esquimós, Brasil, …).

O abandono também era frequente. Na Roma antiga, reconhecia-se ao pater familia, o direito de enjeitar os filhos, mesmo os legítimos. As crianças enjeitadas – “exposti”, eram deixadas na Columna Lactaria, onde podiam ser recolhidas por casais que as quisessem adoptar ou por quem as pretendesse criar para delas fazer escravos.

A cultura judaico-cristã desenvolveu sentimentos de compaixão e caridade para com os recém-nascidos indesejados e em 374 o cristianizado Imperador Valentiniano I, criminalizou o infanticídio e o abandono.


Na Idade Média criou-se o hábito de deixar as crianças nos adros das igrejas ou às portas dos conventos, embora muitas fossem abandonadas noutros locais com risco de morrerem de frio, de fome ou de serem devoradas pelos animais.

Alguns conventos femininos criaram então um serviço organizado de recolha e assistência às crianças abandonadas que ficou conhecido pelo nome de roda dos enjeitados ou, simplesmente, a roda, que consistia numa janela aberta para o exterior do convento, onde um cilindro oco de madeira com uma abertura, girava sobre um eixo.
As crianças, muitos delas ilegítimas, podiam ser aí deixadas e bastava tocar uma sineta que estava ao lado, para que a irmã rodeira viesse recolher a criança abandonada.

Em Portugal, há notícia de expostos entregues ao cuidado dos conventos desde o início da nacionalidade.

Em meados do século XIX, com o triunfo do Liberalismo, as rodas dos expostos foram condenadas à extinção mas, por terem disparado os infanticídios e as mortes por complicações dos abortos, voltaram a funcionar nas Misericórdias de todas as capitais de concelho.
Estas entregavam as crianças a amas que se dispunham a criá-las a troco de um pagamento mensal, renovado anualmente.

A roda dos expostos extinguiu-se no final do século XIX, com o aparecimento de outras instituições de apoio à infância.


No ano 2000 o conceito reaparece na Alemanha “Babyklappe” e extende-se à Suiça, República Checa e Itália.

segunda-feira, 24 de março de 2008

O Chilique




O termo surge no discurso médico no século XVI, em França, associado a “teorias uterinas” que postulavam que “fumos” emanados por uma "matriz doente", invadiam o organismo provocando convulsões e crises de histeria.
Como tal eram apanágio das mulheres.

Mais tarde, descrevem-se nos 2 sexos e associam-se aos ambientes votados à inactividade e à libertinagem. Eram descritos como endémicos nas grandes cidades, onde atacavam principalmente as mulheres da aristocracia e burguesia rica.

Demasiado vagos e movediços para se adaptarem ao rigor da observação clínica deixam de interessar à medicina moderna e vão encontrar refúgio nos salões mundanos, onde se consagraram, para exprimir o círculo de humores, caprichos, amuos, desmaios, dores de cabeça diplomáticas, palpitações, lágrimas fingidas e outras insignificâncias com as quais uma mulher deve continuamente jogar para que lhe chamem “uma linda mulher”.
O destino trágico dos chiliques acabou na comédia humana.

domingo, 23 de março de 2008

As Escolas em 2008



A agressão da aluna de 15 anos do 9º ano, à professora de Francês, na Escola Carolina Michaelis no Porto, por causa de um Telemóvel, evidencia a indisciplina da turma e a incapacidade da professora em gerir o conflito.


A democratização do ensino levou para dentro das Escolas as famílias sem ambição de diferenciação que, por tal motivo, desvalorizam a sua utilidade.
A Escola actual não separa os alunos de acordo com a capacidade em aprender, e oferece-lhes programas que não respeitam as opções das famílias, com claro prejuízo para alunos e professores.

Autoridade pressupõe que na Sala de Aula o professor representa a Escola e o aluno representa a sua família, e que os códigos de conduta estão previamente definidos.

A democratização no acesso à Educação, à Saúde e à Justiça, desvalorizou o trabalho dos profissionais do Estado pelo facto de muitos portugueses ignorarem o preço que custa garantir a eficiência destes sectores.

sábado, 22 de março de 2008

Férias


Férias pelas Inland Waterways de uma Inglaterra que sempre me surpreendeu. Vejo-os como os herdeiros dos Romanos, pese embora o Império se tenha deslocado para os USA.

Para o transporte fluvial, os romanos (43 a ~400 DC) construíram os primeiros canais artificiais, mas só no reinado de Elisabeth I (1533 — 1603) é que se retomou a ideia de fazer longos canais artificiais para a navegação, em vez de usar o curso dos rios, por se ter concluído ser melhor que tentar regularizar o leito destes.
Em 1660 havia 1100 Km para navegação dentro da ilha e em 1845, no auge da sua utilização, havia 7100 Km , 5100 dos quais conectados em rede, com 2700 comportas


Hoje persistem 5.600 Km numa rede distribuída pelo centro e sul.



Deixaram de ter uso industrial e são actualmente usadas para lazer, embora muitos lá vivam permanentemente.


Breve História de Quase Tudo.


2003, Bill Bryson
Quetzal Editores / Bertrand Editora, Lda.

Bill Bryson, (nasceu em Iowa, USA, em 1951. Casou em 1973 com uma inglesa e desde então vive a maior parte do tempo em Inglaterra). Não é um cientista, é um escritor.

Este livro relata as bases da Física, da Antropologia e da Biologia actuais de um modo simples e divertido, dando-nos uma noção do Universo e do Planeta em que vivemos.

Descreve também as grandes descobertas humanas e as dificuldades em corrigir as antigas crenças face á evidência.

As suas 471 páginas lêem-se em poucos dias e sempre com agrado, pois em cada uma há um manancial de dados que ajudam a estratificar o nosso conhecimento.

É Prémio Aventis 2004, para melhor obra de divulgação científica.

terça-feira, 11 de março de 2008

"Permanente" 2 - Diagnóstico Tardio


Trabalhei todo o dia no Hospital, depois em casa a arrumar os filhos e agora à noite estou no Permanente. Mal parei para as refeições. Ando de casa em casa desde as 21:00h. São 02:30h e este é o último domicílio que tenho marcado.

É uma casa de R/c e 1º andar, esverdeada no meio de uma série de todas iguais. Está uma noite fria e o nevoeiro irrita a garganta.
Toco á porta. Vem abrir um homem dos seus 35 anos.
-“É o médico? Suba por favor!”,
Vou atrás dele pelas escadas. Entro na penumbra do quarto do casal onde está deitada no centro da cama uma mulher que me parece uma rapariga nova, com uns longos cabelos em leque à volta da cabeça, como nas fotografias das Santinhas mortas, que se divulgam no meio das crentes.

Entro com discurso familiar a banalizar a minha ida àquelas horas tardias:
-“Então o que é que tu tens?”.
“- Não me trate por tu, que não me conhece de lado nenhum!”, responde seca.
Reparo então que é bastante mais velha do que inicialmente me pareceu, mas não me ocorre nada que possa minorar o deslize, sem ter que me vergar àquela falta de delicadeza.
-“Desculpe!. Porque é que me chamou? Que se passa?”
Mantém-se deitada na mesma posição enquanto debita um discurso agressivo:
-“Chamei o médico às 22:00h e só agora é que ele vem! Os médicos são …” e desata a incriminar os médicos de terem sido incapazes de diagnosticar a sua doença, que foi preciso ir sangue seu para a América para se saber que sofria de Escorbuto e mais … isto, aquilo e aqueloutro!
Interrompo:
-“Peço desculpa por me não ter sido possível vir mais cedo! Mas fora essa história antiga, porque é que me chamou agora à noite! De que é que se queixa?”
-“Acabou-se o Parentrovite Alta Potência que é o meu único sustento e sinto-me mal!”, responde ríspida.
-“Mais nada?” insisto.
-“Não!”

Faço a minha observação. Está sem febre e com os sinais vitais normais. Cuidadosamente afirmo:
-“Não vejo nada que justifique a chamada do médico à noite. A Sra. vai ter de consultar o seu médico amanhã, porque eu não lhe vou receitar nada agora!”
-“Não me receita o Parentrovite?” pergunta indignada, enquanto se senta na cama e me fuzila com o olhar.
-“Não! Esse tipo de medicação não é urgente e deve ser orientado pelo seu médico assistente!”.
Mede-me com os olhos e diz-me:
-“ Ao menos receite-me qualquer coisa para a dor de cabeça!"
-“ Ah! Se lhe dói a cabeça eu receito!” e passo uma receita de Aspirina.


Assim que recebe a receita, desata a berrar que não lhe doía a cabeça, que só queria a receita para saber o meu nome e fazer queixa no Jornal de Notícias, … que não tinha jeito um médico assim, e uma catadupa de impropérios enquanto o marido, sem grande motivação, a tentava acalmar.


Farto daquele despudor, arrumo rapidamente a pasta, e despeço-me –“Boa Noite!” enquanto ostensivamente desço as escadas, à frente do marido . A meio destas sinto passar por cima o candeeiro da mesinha de cabeceira, um sapato e mais qualquer coisa que não identifiquei.
O homem aflito empurra-me dizendo: -“Saia, saia, doutor!
Apresso-me, abro a porta e saímos e já cá fora, perante a minha estupefacção afirma, meio comprometido:
-“No outro dia já aconteceu igual com um seu colega!”
-“Ora porra! Ela é maluca e você não me diz nada!”
-“Eu pensei que o doutor trazia a ficha!”
-“Qual ficha! Qual …, você pensa que eu ando com o historial dos doentes do Porto às costas?”. “Boa Noite! e veja se a leva ao Psiquiatra!”

Vou para o carro, ainda com o coração aos saltos de indignação, a pensar se me devo queixar de uma maluca e do marido da maluca que abusa desta disponibilidade do sistema.
Tenho mais que fazer! Tomo nota da casa, aviso o telefonista para não mandar lá mais ninguém, preencho a ficha clínica e eles que se arrumem.
Depois digo para mim:
-“Devias ter feito o diagnóstico mais cedo! Estava tudo lá! A culpa foi tua!”

domingo, 9 de março de 2008

Higiene Pessoal

A higiene é um dos dados adquiridos da nossa sociedade. Os banhos diários, a roupa lavada e perfumada são comuns e, só por desleixo ou incapacidade é que se descuram estes hábitos.
Quando agora entramos no WC de qualquer restaurante já não são comuns os cheiros de há bem poucos anos, há sabonete e papel higiénico e, se qualquer destas coisas falta, dá-nos vontade de pedir o Livro de Reclamações.

Mas este estar é muito recente.

As normas de higiene na Europa caíram com a queda do Império Romano (476 DC), onde o banho regular era uma marca de civilização. A construção de Banhos Públicos de água quente e fria com disponibilização de massagens era comum nas suas cidades, bem como a construção de esgotos para drenagem das latrinas públicas e privadas. Embora conhecessem o sabão ignoravam as suas propriedades detergentes e para remover o lixo do corpo untavam-se com um óleo aromático e depois raspavam o corpo com o strigil.


No período que se lhes seguiu os banhos eram um luxo dos muito ricos. O sabão que fora trazido para a Europa do Médio Oriente pelos cruzados (1095-1272), era pouco usado pelo vulgo e os hábitos de lavagem estavam condicionados pelo conceito de que para uma boa saúde o corpo havia de estar protegido do ar e da água.

No início do século XX as parisienses era conhecidas pelo seu mau cheiro que tentavam camuflar com perfume.

Para a limpeza depois de defecar, os romanos usavam um pau com uma esponja numa das pontas que lavavam num balde com água salgada.


Na idade média e moderna usava-se o que estivesse à mão: troços de milho, folhas de Verbascum , cascas de mexilhão ou na melhor das hipóteses farrapos de tecidos de algodão ou de linho.
Na época do Rei Sol (Luís XIV – 1638 – 1715) em Versailles havia poucos WC e era comum os cortesãos agacharem-se em qualquer canto.
Quando Gutemberg (1390-1468) inventou a imprensa não sonhava que muito do papel escrito iria substituir aqueles materiais, já que o papel higiénico só surgiu em ~1880.

O Bidé surgiu em França em ~1700 e mantem-se raro em Inglaterra e nos USA, mas conquistou o Japão, onde inicialmente se usavam algas, uns paus de madeira (chu-gi) e desde ~1700, papel.
Para os muçulmanos não há dúvidas: a mão esquerda e água, mas na sua falta pedras ou terra e mão esquerda. Os mais radicais trazem torrões de terra no turbante e pequenas garrafas de água para esse próprio fim e consideram os ocidentais pouco higiénicos, argumentando que o papel não limpa na totalidade.

Durante toda a Idade Média e até finais do Século XIX, entendia-se que as doenças se propagavam pelos maus cheiros pelo que os sanitários eram desviados o mais possível das habitações. Só em finais do século XIX é que houve tecnologia suficiente (sifões) para lhes impedir os cheiros e os poder trazer para o interior das casas.
O penico foi um objecto presente até início do século, para as necessidades da noite.

A moderna indústria petrolífera (~1850) e eléctrica (finais do Século XIX), permitiram o mais fácil o aquecimento das casas e da água e contribuiram assim para a higiene pessoal no mundo ocidental.

quarta-feira, 5 de março de 2008

As abluções

A mão direita é a mão de Deus e a esquerda (sinistra) é a mão do Diabo.

Os muçulmanos têm no Corão regras para todas as actividades da vida diária e assim aprendem desde muito cedo que com a mão direita se cumprimenta, se oferecem as coisas aos outros e se come, e que devem guardar a esquerda para os trabalhos sujos.
Garantem assim alguma prevenção no contágio interpessoal.

A Ablução (Wudu) é um acto ritual de purificação que o muçulmano deve fazer antes de rezar.


Há dois tipos de wudu.

A forma ideal é feita com água.

As acções do wudu para homens são:
Lavar a mão direita até ao pulso três vezes, depois a mão esquerda.
Levar água à boca e cuspi-la três vezes.
Gentilmente colocar água nas narinas com a mão direita e espremer o nariz com a mão esquerda para exalar a água.
Lavar a face desde a linha do cabelo na testa até à barba e de orelha a orelha.
Lavar o braço direito inteiro, incluindo a mão, três vezes, e depois a mão esquerda, três vezes.
O muçulmano deverá lavar-se até um pouco acima do cotovelo.
Com mãos molhadas começando as mãos abertas sob a cabeça junto à linha do cabelo, limpar até ao fim da cabeça, onde o cabelo acaba e regressar. Isto só é feito uma vez.
Com dedos molhados, colocar polegares nas costas das orelhas, usar o indicador nas curvas da orelha e o dedo médio para lavar as orelhas. Isto é feito apenas uma vez.
Começando com o pé direito, lavar ambos os pés, incluindo os tornozelos.


Teoricamente, pode fazer-se um wudu para todo o dia.
Mas como a ablução se anula quando:
1: " há emissão de urina, gases, fezes, sangue ou esperma."
2: “há Sono profundo”.
3: “há perda de consciência ou razão pela ingestão ou intoxicação, drogas ou outras causas..."
4: “se tocar com as mãos no seu orgão sexual com vontade.",

e há obrigação de rezar 5 vezes por dia, terá de praticar wudu várias vezes por dia.

Se a água não está disponível em quantidade suficiente, pode ser praticada a tayammum, ou "ablução seca:

"Bater ambas as mãos levemente contra terra, pedra ou areia.
Esfregar a face uma vez.
Esfregar as mãos (até aos pulsos) como se as lavasse."


Como crêem que os génios e os demónios visitam as retretes, Maomé estabeleceu as normas a ter aquando do alívio das necessidades naturais.

Antes de entrar numa WC:
Remover os anéis e dizer: “Alá, eu procuro refúgio em ti para que me protejas das coisas impuras”.
Não segurar no pénis com a mão direita enquanto urina ou defeca.
Não responder a um cumprimento enquanto se urina.
Lavar os genitais depois de urinar, com a mão esquerda

Regras para a defecação:
Sentar-se de modo a que não ficar de frente ou de costas para Meca
Lavar-se com água e com a mão esquerda
Se não tiver água (por estar no deserto) deve limpar as partes privadas com 3 pedras no mínimo, mas sempre em número ímpar.
Não defecar nos caminhos nem à sombra porque dá azar.
Não urinar nem defecar em água estagnada.


Embora o cheiro a sovaco estivesse garantido, estas normas com 1.500 anos preveniam a transmissão de doenças, quando na Europa a higiene era mínima.

sábado, 1 de março de 2008

Aforismos



Tinha-os no meu Guarda-Jóias. Hoje decidi arejá-los.








Basta pouco para nos consolar porque basta pouco para nos afligir (Pascal)

Se não tivéssemos defeitos não teríamos tanto prazer em notar os dos outros (La Rochefoucauld)

Muitos desprezam as riquezas mas poucos sabem oferecê-las. (Pitigrilli)

Nós prometemos conforme os nossos temores e cumprimos conforme as nossas esperanças. (Pitigrilli)

O egoísmo não consiste em viver como nos apetecer, mas em exigir que os outros vivam como nos apetece a nós. (Óscar Wilde)

Uma coisa não é necessariamente verdade só porque morreu um homem para a realizar. (Óscar Wilde)

Há uma fatalidade em todos os bons propósitos: fazem-se demasiado cedo. (Óscar Wilde)

Ser maduro significa ser imperfeito. (Óscar Wilde)

Gosto muito de falar de nada. É a única coisa de que sei tudo. (Óscar Wilde)

Há mulheres que não são belas, mas que têm ar de o ser! (Óscar Wilde)

Antes perdoar um feio pé que uma feia meia! (Óscar Wilde)

Tinha a consciência limpa, nunca fora usada. (Óscar Wilde)

Possuiu a ciência, mas não a engravidou. (Óscar Wilde)

Há sempre algo de infinitamente mesquinho nas tragédias dos outros. (Lorde Wotton)

O tédio é a maioridade da seriedade. (Lorde Wotton)

As verdades são descobertas mais facilmente por um homem isolado do que por uma Nação inteira. (Descartes)

Uma vala não constitui obstáculo para quem não tem desejo de sair dela.

Ao contrário de Jesus, Sócrates teve o infortúnio de a sua vida ter sido relatada por pessoas letradas

O poupado é o mais rico dos homens; o mais pobre é o avarento!

Na prática da medicina a pessoa que tu és é tão importante como aquilo que tu sabes! (Katharin Treadway, MD)

Há sempre pessoas que acham que a informação que têm é o poder que lhes resta e, portanto, não a divulgam.

Os que tornam a revolução pacífica impossível tornarão a revolução violenta inevitável. (JFK).

"Há homens que já nascem póstumos." (Friedrich Nietzsche)




"As convicções são cárceres." (Friedrich Nietzsche)



"As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras." (Friedrich Nietzsche)



"O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno." (Friedrich Nietzsche)


"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal." (Friedrich Nietzsche)

"Se não se passou pela obrigação absoluta de obedecer ao desejo do corpo, isto é, se não se passou pela paixão, nada se pode fazer na vida." (Marguerite Duras)