quinta-feira, 31 de março de 2011

Histórias para crianças


- Avô! Conta a história que não acabaste ontem, do menino que ia com as ovelhas para o campo e começou a chover e a ficar noite!
- Isso já eram as cenas dos próximos capítulos, não eram?
- Sim, avô!
- Então …, o rebanho estava disperso no campo, quando começou a chover.
- O que é disperso, avô?
- É uma aqui e outra ali, sem estarem todas juntas.
- E depois?
- Depois, o menino abrigou-se numa pequena gruta com o seu cão, que se chamava Fiel, à espera que a chuva passasse. Mas ela em vez de passar ficou mais forte e começou fazer-se noite. Então, ele pôs o casaco em cima da cabeça e, quando foi juntar as ovelhas para ir para casa, reparou que duas delas tinham sido mortas pelos lobos.
- Oh avô, e os lobos também comem meninos?
- Sim!
- E o cão do menino era feroz e matava os lobos, não era, avô!
- O cão era valente, mas numa luta com lobos nunca se sabe. Sabes, os lobos também são fortes!
… … … … …
- E quando o menino já estava a chegar à ponte que dava acesso à aldeia, viu um lobo muito feio a correr atrás do Fiel que fugia à frente dele, e ...

... aí a Mariana não resistiu e suplicou em lágrimas:
- Oh avô! Por favor, … não mates o menino!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Objectivos


Eu ia escrever um texto sobre objectivos nacionais, que me permitisse organizar o que considero prioridades para mantermos um mínimo de coesão e dignidade como nação, mas o título desviou-me para uma história que me aconteceu numa consulta do Hospital.


Chamo pelo intercomunicador uma doente que havia estado recentemente internada. É uma senhora obesa, diabética, com aquele role habitual de problemas associados, que vão das artroses às doenças vasculares. Aguardo. Batem à porta. Levanto-me para a receber a meio caminho.
Vem acompanhada da filha - uma rapariga que, de tão bonita, parece não lhe pertencer e que até se estranha neste espaço. É loira e alta, mais ainda naqueles saltos que se prolongam por umas infindáveis pernas até uma mini-saia de couro negro, por cima da qual mal pousa uma blusa creme de abonado decote, que indicia não haver soutien e que só uma fina camisola interior, pouco justa ajuda a lhe conter os seios. Quase páro.

Após os cumprimentos volto ao meu lugar. Tento ignorar a filha e focar a atenção nas doenças. Ela não o permite. É interventiva e assume a doença da mãe como se fosse dela. Fala da insulina e das picadas, dos comprimidos e dos achaques, das tensões e da dieta, enquanto a velhota se encolhe. Sabe tudo. Mantenho-me profissional quase até ao fim. Ouço, escrevo, observo, meço, arrumo tudo, prescrevo, marco nova consulta e por fim dirijo-me a ela:

- Desculpe, mas não resisto a perguntar-lhe. Você trabalha em quê?
- Tiro fotografias no Santoinho!, responde, prazenteira.
- E vai assim para lá?
- Sim! Logo que sair daqui, ponho a minha mãe em casa, pego na máquina e vou directa!
Sem resistir, alerto-a.
- Mas com essa mini-saia e esse decote, você vai deixar todos com os olhos em bico!
Ao que ela responde, descontraída:
- Eu ponho a máquina ao pescoço, dobro-me para a frente e digo-lhes "Olhe aqui para o objectivo!", e não há quem não fique bem na fotografia!
- Acredito! Um objectivo desses faz todo o homem ... sorrir!

terça-feira, 29 de março de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

Picasso

























"Quando era criança, desenhava como Rafael, mas passei o resto da vida a aprender a desenhar como uma criança!"

domingo, 27 de março de 2011

Exactamente Antunes


Nome de Guerra é um romance de Almada Negreiros, escrito no primeiro quartel do século XX, que serve de base a esta peça de Jacinto Lucas Pires, onde se conta a história de um jovem -Antunes- que é levado da aldeia para Lisboa, para aprender o que é a "vida", pela mão de Judite - nome de guerra de uma mulher da vida, sem vida.
Li o livro há mais de três décadas, e tinha-o presente.
A peça é mais exigente. O teatro obriga a uma grande agilidade mental. Talvez por isso a sala estivesse menos de meia.

sábado, 26 de março de 2011

JESU XPI PASSIO
























Há anos que questiono este nicho no muro exterior de minha casa. Sempre o pensei relacionado com Santiago, uma vez que por aqui passa um dos caminhos, e até já estive para lá colocar uma vieira e uma cabaça, enquanto não lhe decifro o original.

Hoje numa navegação pelo Google Earth tropecei numa fotografia dele, embora incorrectamente colocado na rua do Valadouro.

Quem me ajuda na definição do que estaria lá dentro? Um fresco? Umas alminhas com um Cristo em baixo-relevo?


O sinal que está na pedra do canto inferior esquerdo da fotografia, é descrito na Google como “JESU XPI PASSIO”, simbolo usado pelos “Passionistas”, mas no seu interior não é possível ler “JESU XPI PASSIO” que significa – Jesu: Jesus em hebreu, XPI: contracção de Cristo em grego, Passio: paixão em latim, que eram as três línguas faladas no tempo de Jesus.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Fome de terra


Uma companhia estatal do Qatar quer comprar milhares de hectares de terra agrícola turca, para prover às necessidades de alimentação do seu país. Mas a lei de Ancara proíbe-o, pelo que o emirado se deverá limitar a um arrendamento por 49 anos.
Tem sido prática de vários países árabes que importam entre 50 e 90% dos seus produtos alimentares, a compra de terra para este fim, mas normalmente em África.
O facto do preço da comida estar hoje no nível mais alto desde que a FAO (Food and Agricultural Organization) começou a efectuar registos, há 20 anos, e a suspeita de que a subida tenha um papel nas revoltas que varrem o globo, justificam o “negócio”, que terá o aval do Ministério das Finanças Turco.
Quase 45 milhões de pessoas, em todo o mundo, foram empurradas para a pobreza pela alta dos preços agrícolas.

Tropecei nesta notícia na Visão, que por sua vez a foi buscar (aqui).
Uns países com fome de terra, ... e Portugal a deixá-la ao abandono!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Religião poderá extinguir-se em nove países


Segundo Notícia do Jornal I:
A religião pode acabar em nove países ricos. A conclusão é de um estudo que analisou dados dos censos recolhidos desde o século XIX nesses países. Através de um modelo de progressão matemática, os investigadores - que divulgaram os resultados num encontro da American Physical Society, em Dallas, EUA - concluíram que dentro de uns anos o número de pessoas ligadas a uma religião vai ser reduzidíssimo em lugares como a Austrália, Áustria, Canadá, República Checa, Finlândia, Irlanda, Holanda, Suíça e Nova Zelândia.

O estudo constatou existir já "em muitas democracias seculares uma crescente tendência de pessoas que assumem não ter uma religião", afirmou Richard Wiener, do departamento de física da Universidade do Arizona. Se 40% dos holandeses dizem não acreditar ou seguir qualquer religião, o número de descrentes religiosos sobe para os 60% na República Checa. E em 2050, o estudo prevê que na Holanda, por exemplo, 70% dos holandeses já não vão seguir qualquer religião. "É um resultado bastante sugestivo", afirmou Richard Wiener à BBC.

O modelo seguido pelos investigadores teve em conta que os grupos sociais têm mais seguidores quanto maior a sua utilidade ou o status que projectam. "No caso das línguas, por exemplo, há muito mais utilidade e traz mais status saber falar castelhano do que o quechua do Perú. Da mesma forma, existe algum tipo de estatuto ou de utilidade em seguir uma religião ou não seguir nenhuma", explica o investigador.

terça-feira, 22 de março de 2011

PEC 4 - Portugal 0




Ângela: - Percebeste o que eu estive a dizer?
José: Parte! Mas se tu mandas a massa, tudo bem!
Ângela: Mas não te rias, porque quando chegares a casa e divulgares os papéis que assinaste, vais-te ver à brocha.
José: Mas se fossem outros que cá viessem tu davas-lhes os mesmos, ou davas-lhes outros?
Ângela: Os mesmos. E ficas a saber que para o fim do ano há mais. Nós já decidimos o que vocês têm de fazer. Olha, se encontrares o Pedro, diz-lhe para ele não vir de escada que o incêndio é no porão, e nós andamos com pouca paciência.
José: Eu digo!
Ângela: Porreiro, pá! "Nem Vem Que Não Tem"

segunda-feira, 21 de março de 2011

O telefone do árabe


O telefone do árabe é um jogo de crianças, que consiste em fazer circular rapidamente de boca à orelha (sem se fazer ouvir pelos outros, nem repetir), uma frase inventada pelo primeiro de uma cadeia de jogadores, que deverá ser reproduzida pelo último em voz alta e comparada com a versão inicial.
Os eventuais erros de articulação, de pronuncia e as confusões entre palavras tornam diferentes as frases inicial e final, para alegria de todos.
Por exemplo – "Nós somos a elite da nação", pode transformar-se rapidamente em "Nós somos a hélice da paixão".

E na vida real, quando o "diz que diz" é a verdade do momento?
E na vida profissional quando a asneira é transmitida irracionalmente sem qualquer juízo crítico?






domingo, 20 de março de 2011

Cidades Compactas


Quem dirige tem de ter em mente que há verdades que só se aplicam a um grupo restrito da população, e que ao aplicá-las a toda ela, pode causar grande desconforto e instabilidade social.
O progresso é um processo dinâmico que exige capacidades e recursos (em mutação constante) que a maioria da população não tem (nem terá) e, como tal, tenderá para a exclusão social.

A mobilidade das populações agrava significativamente esse facto.
Exige-se pois, uma política de proximidade, onde as deslocações se possam fazer por meios próprios na maioria das situações - uma mobilidade sustentável que aumente a qualidade de vida dos cidadãos.
Há que privilegiar a mercearia em detrimento dos hipermercados, as pequenas unidades hospitalares, as fábricas de média dimensão, o ressurgimento de feiras para produtos locais e toda uma política para a criação de cidades compactas, onde seja vantajoso abdicar do transporte individual no seu interior e para o exterior.
Saímos de um século onde se promoveu o individualismo e a posse, com custos energéticos progressivos, a concentração das pessoas em grandes urbes e a concentração do dinheiro (poder) em meia dúzia de famílias. Chegou o tempo de fazer, com qualidade, o percurso inverso.

sábado, 19 de março de 2011

Oiça!









Oiça! ####?&%$###!
Oiça! Eu sempre disse #$%%%$&&%!
Oiça! Os portugueses pensam &//()(($$#!!
Oiça! A política deste governo )((//&&%$$#$!!
Oiça! O TGV e os submarinos, o Freeport e as pensões ...!

e ... mais um calvário televisivo!

sexta-feira, 18 de março de 2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

Cartapácio


Cartapácio - Livro grande e antigo em mau estado; calhamaço.

Há pouca informação sobre a origem da palavra, mas a julgar por este texto, a palavra deve ter origem em Carta Pacis - carta de paz, um tratado que, pela sua extensão, foi entendido como excessivo para o comum dos mortais da época.

"Post mortem vero reginae domnas B. redeant omnia supradicta ad eum statum quetn continet carta pacis ínter me et regem Castellae facta".

São raros os portugueses que dizem e escrevem bem esta palavra. A maioria diz catrapázio.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Shalom aleichem



No hebreu “Shalom aleichem” ou no árabe "Salaam Aleikum" é um cumprimento que significa literalmente “Que a paz esteja convosco!". A resposta apropriada é "Aleichem shalom" ou "Alaikum As-Salaam" - “E sobre vós a paz!”

Em português, vai-se lá saber porquê, deu ... "Salamaleque!" - termo usado em tom de chacota, para significar tratamento cortês exagerado ou pomposo.

terça-feira, 15 de março de 2011

Trabalho agrícola



O que eu visto não é linho
Ando até de pé no chão
E o cantar de um passarinho
É p'rá mim uma canção
Vivo com a poeira da enxada
Entranhada no nariz
Trago a roça bem plantada
P'rá servir o meu país

Sou, sou desse jeito e não mudo
Na roça nós tem de tudo
E a vida não é mentira
Sou, sou livre feito um regato
Eu sou um bicho do mato
Me orgulho de ser caipira

Doutor, eu não tive estudo
Só sei mesmo é trabalhar
Nessa casa de matuto
É bem–vindo quem chegar
Se tenho as mãos calejadas
É do arado rasgando o chão
Se a minha pele é queimada
É o sol forte do sertão.

Enquanto alguém faz guerra
Trazendo fome e tristeza
Minha luta é com a terra
P'rá não faltar o pão na mesa
Às vezes vou a cidade
Mas não sei falar direito
Pois caipira de verdade
Nasce e morre desse jeito


No Brasil ainda se fazem músicas onde se glorifica o trabalho agrícola e o ambiente rural.
Qual é a data da última música portuguesa sobre o mesmo tema?

segunda-feira, 14 de março de 2011

João


- João! Depois desse desenho vais ler um livro, para depois me contares a história. Está bem?
- Não avó! Isso é uma actividade para sete anos, e eu só tenho cinco! E eu já fiz isso com o meu pai!

domingo, 13 de março de 2011

Cuidar



Há uns anos, uma enfermeira disse-me: “Os médicos tratam e os enfermeiros ... cuidam!” e deixou-me a pensar na importância do cuidar.
Cuidar é garantir que o que existe mantém função, seja o que for, dos equipamentos, às instituições, às pessoas. Cuidar é fundamental para que se possa “criar” pois a “criação” exige um suporte de funcionalidades tanto mais exigente quanto mais activa for.

Cuidar é uma obrigação de todos. Desde as coisas ditas banais, do electrodoméstico ao terreno agrícola, passando pelos livros e pela informação noutros suportes, para terminar na vida humana. Mas para "manter" são necessárias competências, empenho e disponibilidades, para que esse passado, físico e intelectual, que nos honra e torna diferentes, seja integrado e recriado no presente.

Mas a ignorância é muito atrevida e interpreta o mundo de acordo com as necessidades do momento, e não tem pejo em deitar abaixo uma árvore centenária ou alargar um caminho de uma aldeia para garantir "acessibilidades" e uma reeleição no fim do mandato, por gente com os mesmos olhos.
E é neste ponto em que nos encontramos. Quando o dinheiro manda, até a história se lhe sacrifica e lentamente vamos perdendo referências. Cuidar é imperioso para impedir que sejamos triturados pelos devaneios de um presente onde tudo se esboroa à primeira investida “dos mercados” ou daqueles que por uma qualquer razão assumem as rédeas do poder.

Compreender as Arritmias

sábado, 12 de março de 2011

Salman Khan: Reinventar a educação



Salman Khan não é professor, é um ex-corretor de Sillicon Valley, na Califórnia (Estados Unidos), que desistiu da sua carreira para socorrer os alunos com dificuldades em aprender o que os professores ensinam nas escolas. Do seu quarto, ensina, gratuitamente, Matemática, Biologia, Química, Física e Economia a uma turma de mais de 200 mil alunos espalhados pelo mundo.
Tem 34 anos e dirige a Khan Academy, que mais não é que uma sala de aula virtual com cerca de 2100 lições de vídeo. (link - AQUI)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sungha Jung


Talvez isto tenha alguma coisa a ver com a crise, e com a compra da dívida pública portuguesa pelos chineses.

quinta-feira, 10 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

O Fim destes Tempos


O "American Way of Life", com todos os seus defeitos, é mais agradável que o "Afghan Way of Life", mas não devemos ignorar que muitas das suas comodidades (individuais e colectivas) são, em grande parte, conseguidas à custa do mundo mais pobre, quer dos seus recursos naturais (matérias primas, florestas, pescas, ...), quer do seu trabalho em condições pouco dignas.

Aproxima-se o "fim dos tempos" dirão os mais avisados, enquanto as populações se alheiam na azáfama do dia a dia sempre em mutação, onde as "verdades" se alteram de acordo com as conveniências do momento, neste jogo onde o "pragmatismo" impera.

A globalização ao divulgar o conhecimento, desestruturou "sociedades" em todo o mundo. Perdeu-se estabilidade nas relações e reduziram-se os "compromissos". Surgiram os amigos "virtuais" e os "reais" passaram a "descartáveis" se perdem "utilidade" prática. As "famílias" depois de se terem encolhido ao seu núcleo, volatizam-se quando "o emprego" obriga a afastamentos "provisoriamente definitivos", e morre-se solitário sem que ninguém mantenha a memória de quem fomos. Abandonam-se as aldeias, força-se a "economia de mercado", e até se paga "para não fazer", como se o trabalho não fosse fundamental para a estruturação de uma comunidade.

Aproximam-se outros tempos, já que vai ser impossível segurar quem quer entrar ocidente dentro, não de espada, mas de garfo em punho, não para conquistar, mas para comer, fugindo do sufoco a que os votaram. Vêm dispostos a tudo para ter um lugar à mesa, e não há fronteiras que os detenham.

É uma questão de tempo. A Europa está a um passo! São eles que vão mudar o Mundo!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Gestão de Recursos, o alarmismo e ... os mirones!



Casal belga atingido por raio no Castelo dos Mouros
Vítimas sofreram apenas ferimentos ligeiros
Notícia do JN de 2011-02-11
Um casal de jovens, de nacionalidade belga, foi atingido por um raio, esta sexta-feira, durante uma visita ao Castelo dos Mouros, em Sintra. Apesar de, inicialmente, ambos terem ficado inconscientes, recuperaram os sentidos e sofreram apenas ferimentos ligeiros.
De acordo com fonte dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de São Pedro de Sintra, tudo aconteceu pouco depois das 15 horas, quando os dois jovens - a rapariga de 18 anos e o companheiro com cerca de 20 - se encontravam a visitar aquele monumento, situado em plena serra de Sintra.
Numa altura em que começou a chover com intensidade, os dois jovens estariam a tirar fotografias junto ao mastro da bandeira quando foram atingidos.
Fonte dos bombeiros adiantou ao JN, que quando o socorro chegou ao local, os dois jovens haviam já recuperado a consciência, embora apresentassem alguma "desorientação natural". A rapariga, ao cair, terá feito um hematoma na cabeça, mas sem gravidade.
Por precaução foram conduzidos ao Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, mas ao que o JN apurou, não correm qualquer risco de vida.

No local do acidente estiveram os Bombeiros de São Pedro de Sintra com duas ambulâncias, quatro veículos e 12 elementos, além de elementos do Serviço de Protecção Civil de Sintra e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Cascais.

O sublinhado é meu!!!!!

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval


- Mãe, tantos meninos disfarçados e eu também quero ir!
- Mas tu já estás disfarçado, André! Com essa pistola dentro do bolso, tu estás disfarçado de polícia à paisana!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Luta pela Liberdade





Não sei porquê, este conflito no Norte de África fez-me lembrar as lutas pela mudança de regime no México do princípio do século XX.
Custa-me ver morrer quem se dispõe a mudar o curso da história.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Outros falares


Desde que me dei a entender, sempre trabalhei no campo.
Agora, sinto uma dor a esgardunhar por detrás desta pá e ao subir, ao para cima, tenho pouquinhos que só quero atirar comigo p'ró meio do chão, por falta de alento e do cansaço que tenho de dentro.
Quando tinha um pouco de maré ainda levava o animal ao monte, mas em Janeiro deu-me um fresco tão grande, que foram os vizinhos que o levaram. Antigamente havia mais de cem vacas na aldeia. Agora não são mais que trinta. A partir de Abril ficam sempre lá, mas agora é preciso levá-las, que elas, ao fim do dia, vêm sozinhas.
Dr.! Marque-me a consulta para o cedo, por causa da carreira, senão chegamos à noite. É que do Soajo a minha casa, ainda é meia hora de caminho!

quarta-feira, 2 de março de 2011

KISS



















KISS - Keep It Simple, Stupid! (mantém a coisa simples, estúpido)

Esta é uma regra que tem aplicação na maioria das coisas da vida, pois o difícil é simplificar. Complicar é obra de qualquer um.

Há anos que assisto a complicações progressivas no funcionamento das instituições, e de modo particular quando as chefias são tomadas por vaidosos, que perante a incapacidade em resolver problemas, distribuem benesses e criam confusão que possa ser responsabilizada pela sua inépcia.
Criam-se e mobilizam-se departamentos, serviços, comissões e gestores com funções irrelevantes para dar seguimento a devaneios, esquecem-se os verdadeiros objectivos, e passa-se a discursar sobre as "temáticas da problemática" na tentativa de criar ruído suficiente para surpreender a populaça.

É isto que constitui o cerne da crise em Portugal. É isto que é necessário acabar para que se ganhe a tal credibilidade de que agora se fala!

terça-feira, 1 de março de 2011

Doentes, Utentes e Clientes


Em Portugal, há uns cinquenta anos, ia-se ao médico quando se estava doente. Não havia consultas de desenvolvimento nem de Check-up e as campanhas de saúde pública eram ilhas no oceano das doenças. Havia doentes e médicos, e estes tratavam-nos como sabiam e podiam.
Há cerca de três décadas, surgiram as consultas de rotina e “para fazer umas análises, a tudo de preferência, que eu desconto e tenho os meus direitos”, e com elas os "utentes" e uma dor de cabeça para os médicos com os hipocondríacos e as “baixas” para resolver um qualquer problema da vida.
Cedo me reconheci incapaz de identificar eficazmente as simulações e com pouca paciência para os abusos, pelo que me refugiei na medicina hospitalar.

Com a chegada das EPEs, os "utentes" passaram a "clientes", e os gestores públicos começaram a jogar o jogo dos privados (com o Estado a pagar), como se o “negócio” se regesse por lógicas semelhantes, e os "clientes" foram induzidos ao consumo.
Neste contexto, lutar pelo rigor e pela eficiência de gastos, é um modo fácil de criar inimigos, e, se as chefias “gostam de brinquedos caros”, uma guerra perdida.

Talvez seja esta a razão porque me recuso a falar de utentes e de clientes nos Hospitais!