domingo, 31 de agosto de 2014

Thomas More

Devemos viver como se fôssemos morrer amanhã e estudar como se fôssemos viver eternamente.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Caligrafia e análise grafológica

Segundo os entendidos, a grafologia permite identificar cerca de 300 traços do carácter de uma pessoa.
Consideram a direcção do texto, o espaçamento de letras e linhas, a forma como o espaço é aproveitado e associam a forma da letra ao cuidado que as pessoas imprimem nas actividades a que se dedicam.

A inclinação para a direita denuncia extroversão, equilíbrio entre a emoção e a razão, expressividade, orientação para o futuro e sociabilidade e a letra de tamanho médio revela uma pessoa facilmente adaptável, prática e realista.

A letra do meu avô Isidoro: 

a letra do meu pai:

a minha letra:

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Estatísticas

Houve tempo em que a Indústria Farmacêutica me assediava por me considerar “opinion leader”, por a minha prescrição influenciar alguns colegas das imediações. 
Confesso que tal nunca alterou as minhas opções e nunca senti especial benefício pelo facto. Foram coisas deles a que me alheei.

Agora com este Blog está passar-se algo semelhante. Com as actuais guerras nas fronteiras do Ocidente, com gente a vigiar as redes sociais, devo estar na lista dos que podem a todo o momento iniciar um movimento social do tipo intifada ou primavera à portuguesa, ignorando que a minha vocação para mártir há muito que se esgotou.
(clique para aumentar)

A 1ª foto, correspondente à Estatística "De Sempre", desde o início deste Blog.
Das 230 570 visitas - 100 998 são de Portugal e 36 561 são do Brasil. Dos Estados Unidos são 36 168, a que se seguem a França, a Rússia, a Alemanha, o Reino Unido, a Ucrânia e a Holanda. 

Na 2ª fotografia, corresponde à Estatística da última "Semana" deste Blog.
Das cerca de 6 000 visualizações, 1 758 são dos Estados Unidos, 1 478 de França, 1 104 da Ucrânia, 335 do Reino Unido e 208 da Alemanha. Portugal só aparece em 6º com 200, seguido da Rússia com 125, da Holanda com 86 e por fim o Brasil com 59. 

Não sei se me envaideça e adopte os símbolos do sucesso de cá da terra - um Mercedes com um suporte para bicicleta, um fato escuro com camisa cor de rosa e colarinho branco, pinte o cabelo de "castanho-rato" e ponha ar melífero para quem me está acima.


domingo, 24 de agosto de 2014

Minas e Pantomimas. Mineiros Pantomineiros


A serra de Arga, domina sobranceira, uma região, delimitada a Norte pelo rio Coura e pela mancha do granito de Covas, a Oeste pela Ribeira de São João e a Sul pela Ribeira de Arga e pelo Cabeço do Meio-dia, que se distingue pela existência de várias explorações mineiras dispostas numa geometria grosseiramente circular, apelidada de "janela de Covas".
Nas antigas minas de Cerdeirinha, Valdarcas, Lapa Grande e Fervença, no concelho de Vila Nova de Cerveira, exploraram-se "skarns" ricos em scheelite e volframite.
Agora encerradas, mantiveram-se activas até 1979, embora sem a pujança das décadas de 1940 e 1950, quando a guerra na Coreia aumentou o preço do tungsténio.
A "janela de Covas", corresponde a um afloramento de um domo estrutural, onde uma fase fluída abundante, proveniente de magmas fortemente hidratados e com elementos químicos dissolvidos, interveio com as rochas sólidas para formar jazigos e filões mineralizados.

As escombreiras dos materiais não aproveitados, deram origem a efluente ácido de sulfuretos e óxidos de ferro, que desaguavam no Rio Coura e que só foram seladas em 2008, com dinheiros de todos nós - 1.188.658 € - FEDER- 75%, do Estado- 20% e Câmara de Vila Nova de Cerveira- 5%, porque quer a “Geomina”, quer ”Gaudêncio, Valente e Faria”, empresas que as exploraram, para além de fazerem “lavra ambiciosa”, em desrespeito por regras fundamentais da “arte de minas”, as abandonaram sem as selar (como era de contrato), com o conluio dos Serviços de fiscalização da Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos.

É também para coisas destas que vão os nossos impostos, quando há fé de que os privados são melhores gestores que o Estado e o Estado anda a reboque deles.


sábado, 23 de agosto de 2014

O Sr. Vinho


- Oh Sr. Emílio, este ano é a sétima vez que vem ao Serviço de Urgência. Umas vezes não toma a medicação, outras vem alcoolizado. O Sr. está a viver com quem?
- Agora, ... estou sozinho! … A minha mãe abandonou-me e foi viver com uma irmã para fora da freguesia!

O Sr. Emílio tem 58 anos. Tem RSI e está degrado pelo álcool. Diz que faz pequenos trabalhos pela comida que lhe dão e que ninguém o cuida. Quando é encontrado no chão da rua, chamam o INEM para o Serviço de Urgência.

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- Sr Cunha! Como é que você, diabético, se mete a comer e a beber como se não houvesse amanhã? Uma festa não é para esses excessos. O Sr. tem RSI e remédios de graça. Não sei como lhe sobra dinheiro para o maço de cigarros e para o vinho de todos os dias?
- A minha filha trabalha num supermercado!

O Sr. Cunha tem 43 anos e Diabetes insulino-dependente desde os 19. É alcoólico e epiléptico. Diz que foi sapateiro e jardineiro. A mulher está desempregada. Entrou com uma grave ceto-acidose diabética.

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- Passei-me, Sr. Dr,! E parti o que podia no café. É assim o meu feitio, mas não faço mal a ninguém. Agora a minha esposa anda às avessas comigo. Ela é que devia ir ao psiquiatra em vez de me andar sempre a atazanar. Aquilo foi um copo a mais. Pronto! Eu já lhe pedi desculpa, mas ela continua na mesma.

O Sr. Abílio tem 50 anos e um Café. Desde os 40 que "sofre" de alcoolismo. A mulher, que assumiu o negócio, tem programada uma cirurgia à tiróide. O Sr. Abílio “não aguenta”!

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Salada Russa



Por pessoa:

2 cenouras cruas raladas
1 alho francês cru cortado muito fininho
1 ou 2 batatas cozidas
ervilhas cozidas a vapor
1 ovo cozido
funcho cortado fininho qb
pickles de pepinos em sal qb

maionese
corte em cubos a batata, o ovo e os pepinos
Tempere com sal e pimenta preta

misture.
Sirva à temperatura ambiente ou arrefecido no frigorífico

A receita russa leva fiambre grosso cortado em cubos, mas eu não gosto.
Para variar, ponha azeitonas sem caroço, atum, ou ainda tomate partido aos bocadinhos.

Receita da Helena, que é melhor que a Olivier Salad


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Neil Diamond - Be



Be 
As a page that aches for a word which speaks on a theme that is timeless 

-We can lift ourselves out of ignorance, we can find ourselves as creatures of excellence and intelligence and skill.
-Don’t believe what your eyes are telling you. All they show is limitation. Look with your understanding.
-Heaven is not a place, and is not a time. Heaven is being perfect.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Sotaques

- Internaram muitos hoje. Até estrangeiros!
- É Dr.! Na cama 7 está o Sr. Patrick que é de Luanda e mora na Argélia.
- E é negro?. O que é que ele anda cá a fazer? Está de férias?
- Não! O Dr. percebeu mal. Ele é da Holanda e mora na Argela. Tem lá casa há muitos anos. … E é branco, ... como a cal!
- Ahhhh!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Ainda o BES



É curioso como não estranhei a queda do BES e, estou em crer, como eu, muita gente!

Há 3 dias, em minha casa, estive a arranjar um empedrado construído há 8 anos que não resistiu à limpeza com meia dúzia de mangueiradas e ficou escarnado por a argamassa ter uma mistura de cimento inferior à recomendada. Nas minhas contas, foi o mestre-de-obras quem assim determinou e o trabalhador deve ter cumprido, ou porque não tinham trazido o cimento necessário ou para arrecadar mais uns míseros Euros.

Este exemplo é um reflexo do país. Meia dúzia de gananciosos a aldrabar o mais que pode e o grosso dos trabalhadores a cumprir ordens erradas, porque "fazem o que se lhes manda".

Pelo que se me aparenta, Ricardo Salgado é só mais um neste sistema que promove a capacidade de engolir sapos de bico calado.
Como, por tradição, o português típico espera benefício por se chegar a quem tem poder, confia, e só reclama quando a disfunção aparece, sem se lembrar que um caminho é feito de muitos passos e é o sucesso no pequeno crime que faz os grandes criminosos.
Depois queixa-se de não ter instituições fortes que garantam uma qualidade mínima ao que está na sua dependência.

É aqui que está o cerne da questão. Não podemos continuar a ter instituições lideradas por quem não garante isenção e qualidade.
As Ordens, as Escolas, os Tribunais, os Hospitais, as Forças de Segurança .... não existem para defender os interesses do poder e dos seus profissionais, e a qualidade dos seus serviços não depende dos discursos pomposos nas ocasiões solenes, para esconder a incompetência e os jogos onde se movimentam interesses "invisíveis", que só prestam contas a quem os nomeou por interesse particular.

E é nesse sentido que o que se passou no BES não me causou estranheza. Ontem foi este Banco, amanhã a borrada poderá sair de uma qualquer outra instituição "Acreditada" ou vigiada por "Regulador", porque o que se audita, é papelada e meia dúzia de aspectos físicos. O que tem a ver com o cumprimento dessa papelada e as boas práticas do dia-a-dia, não são passíveis de ser analisadas em Auditorias de 8 dias, onde os funcionários ou são ignorados ou temem pelas carreiras e pelo emprego.

O que se passou no BES não é obra única, nem de um só. E a solução é um cortar de pernas para manter o corpo vivo.

Este colapso irá certamente afectar toda a economia do país e “exigir” mais cortes e impostos, enquanto a "pandilha" que se movimenta entre os Bancos, as grandes empresas e os lugares do Governo,  “assobia para o ar” e a população se mantém a dançar a música que lhe tocam.
Dificultam o arrendamento? Ela compra casa. Não actualizam o transporte público? Ela passa a andar de carro. Dificultam a ocupação dos centros das cidades? Ela muda-se para a periferia. Fazem auto-estradas a custo zero? A malta vai viver ou trabalhar para longe.
E quando introduzem portagens, aumentam os impostos sobre a gasolina e se acaba com o estacionamento gratuito,  o Zé … paga e começa a protestar.
Mas a maior lata nisto tudo, é dizer que a culpa é de ele "viver acima das possibilidades" e pô-lo a pagar BPN, BES, PPPs e o que lhes aprouver.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Empreendedorismo


Financiava a Justiça e dava mais dinheiro que aumentar impostos. Montava-se uma tenda na zona de Fátima (que é central, tem água e logística), e era só esperar as filas.

Falava-se primeiro com a ASAE, para garantir as normas de higiene dos espaços públicos - uma porta para entrada e outra para a saída, corredores lagos e rampas para portadores de deficiência motora. Estabelecia-se um preço para o tomate e para  os ovos, de acordo com o calibre e o estado de maturação. O tomate coração de boi a preço de luxo e oferecia-se o tomatinho-cerejo a quem trouxesse crianças. Não seria permitido trazer material de casa.

Em vez de os meterem na cadeia, expunham-nos no palco para a população lhes manifestar os sentimentos.
Começava-se com o Duarte Lima. A 5 Euros, para chamar clientela, e publicitava-se o Vara, o Loureiro e o Oliveira e Costa a 10 Euros. Quando chegasse a vez do Ricardo Salgado fazia-se um pacote de fim-de-semana para os accionistas. Um "non-stop" a 100 Euros . Havia de ser um sucesso e tanto.

Depois, era uma questão de publicidade. "- Não perca o Isaltino! ... Um saldo! Três tomates por dois euros! Descontos para excursões e famílias numerosas!".

Se oferecêssemos uma percentagem aos Tribunais, dinamizavam-se muitos dos casos que agora prescrevem  e, ao fim de algum tempo, não só diminuíam os oportunistas da política, como também a tensão social, a julgar pelo ódio que se vê nos comentários descarregados na Net.

Com o material acumulado destas últimas décadas, era um negócio das arábias. Até se podiam fazer promessas de acordo com a previsão dos resultados eleitorais. "- Não perca, em Março do próximo ano, os políticos envolvidos no caso dos submarinos! E em Abril, o Catroga a explicar o seu valor no "mercado"  - 45 mil Euros de ordenado + pensão de mais de 9.600 euros! Não perca!"

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Carta aberta a Ricardo Salgado


Caro Ricardo:

Nem sabes o choque que tive quando me disseram que tinhas ido dentro. Porra! Já não há respeito, ou quê?! Já um homem não pode jogar a dinheiro, que vem logo alguém a falar em corrupção e merdas de quem não entende nada de negócios.
Andas há duas décadas a arranjar amigos na nata do país, à esquerda e à direita, onde se acumula quem se deleita a meter as mãos no “pote” e, num repente, aparecem uns borra-botas a ameaçar com tribunais e responsabilidades, como se tu fosses um Vara ou um Dias Lourenço qualquer. O melhor é tirarem o cavalinho da chuva, que tu sabes mais segredos que a irmã Lúcia e se te puserem a cantar lá se vão as elites do país.

Ricardo, se fosse eu, punha-me ao fresco. E era já! Tu deves ter dinheiro em offshores e, com a idade que tens, compravas uma ilha na Grécia e, com algum “suplesse”, dividias-te entre ao sudoeste asiático e um campo de golfe algures, enquanto meia dúzia de "paineleiros a soldo" convencem a populaça que foi "má gestão" e não a fraude e a corrupção, o que esteve na origem da queda do teu Império.
Vai por mim. Era agora, antes de pagares os 3 milhões de Euros da fiança. Faz o que te digo. Um tipo a comer e a beber bem, a passear em 1ª classe e a ficar em Hotéis de 5 estrelas, dificilmente gasta mais que 20.000 Euros por mês.
Faz as contas. Três milhões, dá-te para 150 meses. São doze anos a viver à tripa forra, e, com 70 anos, dá-te e sobra-te, até porque a partir de certa altura vais querer é ficar nos chinelos a ver o Preço Certo ou a Casa dos Segredos, para te relativares.

Se ficares cá, ninguém te vai dar a mão. É que agora há gente lá fora a olhar para a Justiça portuguesa, e se saísses airosamente do caso, era uma bronca com dimensões planetárias.
De nada te vai valer alegar que fizeste como sempre se fez neste país à beira-mar plantado -uns sorrisos para o lado certo, umas cortinas a fazer de conta, um t'agaranto dito com convicção. Vão-te dizer que as regras, agora, são as da Europa, e aí está perdido. Nem o Papa te pode ajudar.

Procura o Relvas. Ele tem conhecimentos actualizados e ensina-te a ter lata para além da tua. Aprendes o Grândola, pões um chapéu à Zé Compadre e, em três anos, até podes andar na baixa de braço dado com o Vara e o Loureiro. A malta cá esquece com uma velocidade surpreendente ou ... perdoa.

Mas se decidires não fugir, vê se te lembras de ofertas de acções a algum político de topo com juros de 150% ao ano, como o Oliveira e Costa. Isso pode ajudar-te. 
Toma  Prozac de manhã, um Xanax à noite e Memofante às três refeições. Diz que tens Alzheimer e que não te lembras de nada. Vais ver que daqui sete ou oito anos, quando te incriminarem, sais em liberdade por doença. 
Vai dando notícias. 

Fernando

sábado, 2 de agosto de 2014

Cão

o pai
a mãe
o dito
a despedida

Quero-te com nome sonante, já que sinto sangue azul nas tuas veias de rafeiro alentejano, a lembrar os gloriosos tempos em que a honra se defendia com os recursos com que a natureza nos dotou. 

Nasceste a 7/Maio, na Quinta de Santa Maria, em Benavente, filho do Infante de Paio Pires e da Açorda de Alpedriche, no mesmo dia de Brahms (1897) e de Tchaikovsky (1840).

Não te falta ascendência e o futuro sorri-te. Podes vir a ser Brahms, Tchaik, Tejo, Trovão, Xangó, que é o orixá do fogo e da justiça, mas tenhas o nome que tiveres, espero que sejas leal, calmo, seguro, nobre, digno e paciente com as crianças.
Da minha parte conta com cama, comida, pelo escovado e um amigo para as boas e más ocasiões.

Ámen!