Segundo a tradição, antes da fundação do mosteiro existia no local uma ermida, com algumas cabanas, covas ou grutas na serra ao redor, onde viviam os frades que S. Martinho de Dume congregou.
A sua construção remonta ao ano de 564. Em 746 foi destruído pelos árabes e logo reedificado. Durante séculos o mosteiro prosperou economicamente, conseguindo uma importante área circundante, com limites definidos por D. Sancho I.
Em 1382 o mosteiro passou para a Ordem de São Bento, tornando-se numa casa de convalescença e repouso de doentes.
No século XVII sofreu uma grande reformulação chegando à configuração atual.
Em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas, o conjunto - convento e propriedades, foi vendido em hasta pública pela Fazenda Nacional, sendo o General Luís Rego o primeiro proprietário, seguindo-lhe vários outros.
Já no século XX foi propriedade do poeta Pedro Homem de Mello e após a sua morte foi comprado pelo Cônsul de Espanha no Porto, que lhe fez grandes obras de conservação e restauro, impedindo que ele acabasse numa ruína, como acontece com Convento de S. Francisco do Monte no lugar da Abelheira - em Viana do Castelo.
Em Março de 2019, Nathalie D'Ornano, cantora lírica, natural da Suíça, comprou-o e iniciou obras de remodelação para o abrir ao público como “guesthouse” e espaço para festas, eventos e iniciativas artísticas e culturais, num projecto com o traço do arquitecto Fernando Cerqueira Barros.
Está classificado pelo IPPAR, em 1997, como Imóvel de Interesse Público.
O caminho de Santiago pela costa, passa-lhe à porta. No ano passado, numa construção fronteira ao seu portão, abriu o “Café de Cabanas” que, para além de revigorar os muitos caminhantes que por ali passam, permite usufruir daquele recanto numa quebrada da encosta, junto à margem direita do Rio Afife, dominado por uma velha magnólia de largas tradições. Prevê-se a abertura do convento para as suas novas funções, em Julho 2023.
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