sábado, 13 de agosto de 2016

A minha floresta


Palavra de honra! Houve tempo em que tive a fantasia de ser dono de uma floresta. Não de uma bouça no monte. De uma floresta com nunca menos de 500 hectares, com estradões largos que suportassem transito de máquinas pesadas, para remover o mato e as árvores destinadas à comercialização e para a manter saudável, mesmo em condições adversas.

O objectivo não era "uma floresta natural", até porque não conheço nada mais agressivo que a Natureza, sempre disposta em enfiar caruncho ou as mais diversas pragas em tudo o que o que é ser vivo, numa competição desenfreada para seleccionar os melhores e os que têm mais sorte.
Eu preocupar-me-ia em ter árvores saudáveis. Umas para pagar a manutenção, outras para passar às gerações vindouras, porque há muito que sei que para ter um carvalho com 5 séculos é necessário esperar 500 anos.

Procuraria o apoio técnico de uma Universidade para a gerir, quer na flora, quer na fauna, e candidatava-me a "fundos" internacionais, que garantissem parte dos custos.

Esta "minha floresta", estaria afastada mais de 250 metros de qualquer habitação e teria regras para quem a frequentasse, fosse trabalhador ou visita e, como nos países civilizados, teria proibição de entrada durante a "época de incêndio". Daria emprego a várias aldeias, quer para a sua manutenção quer com a utilização da sua madeira.

Com estas características, nunca se poderia situar em Portugal, porque aqui os "direitos" e "as conquistas de Abril", que andam na cabeça de meia dúzia de incultos que pensam que as benesses caem do céu, iriam imediatamente questionar o não poder lá ir fazer o pique-nique e levar o garrafão quando muito bem entendesse, o não poder deitar o lixo onde quisesse, porque ... Portugal "é do povo e não do Pires Veloso!" e ... " o povo é quem mais ordena", mesmo que não saiba nada do assunto e haja pareceres técnicos a indicar o contrário, pois é nesse nicho que crescem os "políticos de pacotilha", num "faça-se a ponte, que o rio logo aparece!" de promessas que sugiram um aliado com força e capacidade.

O norte da Europa ou o Canadá eram as opções e eucaliptos e austrálias, nunca! Teria Guardas Florestais "com a cabeça em cima dos ombros" e formação, para entenderem que o tempo das árvores é diferente do nosso e que elas nos olham e sentem as agressões com a tristeza de quem dá o seu melhor e acaba incompreendido e maltratado, só porque um Deus disse ao homem ocidental, que o fez à sua imagem e semelhança, lhe ordenou "crescei e multiplicai-vos!" e o incentivou a dominar sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre o gado, sobre toda a terra e sobre todo o réptil que se move sobre ela. Gênesis 1:26

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