É bom que aprendamos, na juventude, as regras da sociedade em que se vive, juntamente com a noção que algumas delas irão mudar ao longo da nossa vida. É bom também tomar conhecimento de que, em diferentes regiões deste planeta, as regras podem ser outras, para que reformulemos o pensamento quando se viaja ou se emigra.
Para além das leis, há que contar com os árbitros que decidem as questões, pois, em muitos locais, a corrupção, o compadrio e o nepotismo orientam a prática da lei.Quando há uma revolução e o poder “cai na rua” abre-se a porta ao crime de oportunidade, pois as revoluções ditas “populares” são mais eficientes a destruir que a criar e estabilizar um novo regime, a exemplo do que aconteceu na Primavera Árabe. Depois de uns milhares de mortos e de muito ressentimento, o poder é tomado por quem for capaz de promover um bode expiatório e negociar apoios internos e externos para reestabelecer a paz, deixando muito crime por punir.
Mas, no dia a dia, é bom que mantenhamos a ideia de que o crime e o castigo são indissociáveis, com as suas variantes conforme a região.
A filosofia dos primórdios do Cristianismo de “Fazer o bem a quem mal nos faz!” que, de tempos a tempos, se tenta reanimar nas sociedades ocidentais, não é reconhecida como lei por qualquer Estado, nem por outra religião para além do Cristianismo.
As crianças e os jovens adultos podem e devem ser “vergados pelo amor”, mas quem tem mais de 30 anos, salvo motivo de doença ou de uma forte paixão, não deve ter “redenção” possível
“Fazer o bem a quem nos faz mal” é a atitude certa para um filho menor, mas é erro aplicá-lo fora do nosso espaço familiar, pelo risco de se desmoronar toda a complexa estrutura social
Fazer apelos à paz, não é o mesmo que perdoar.
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