As intuições são despertadas por pequenas subtilezas, como uma expressão corporal, um tom de voz ou um facto aparentemente irrelevante, que de um modo súbito, clarificam o nosso olhar e tomam vantagem sobre todos os outros circuitos mentais anteriores.
Quem não tem intuição e decide unicamente de acordo com a razão tende a análises excessivamente complicadas e a não decidir ou decidir tardiamente.
Quem não tem intuição e decide unicamente de acordo com a razão tende a análises excessivamente complicadas e a não decidir ou decidir tardiamente.
Para que a intuição surja de modo fluente, há que ter um passado de disciplina e de raciocínio. Quanto mais se pensar, analisar, estudar e praticar, mais se interiorizam os fluxos de raciocínio e mais fácil se torna a percepção dos pequenos pormenores que “fazem toda a diferença”.
Para se ser um bom decisor é conveniente acabar com a guerra entre os intestinos e o cérebro e fazê-los cooperar, até porque, algumas vezes o saber menos acerca de um assunto pode ajudar a achar a solução correcta.
1 comentário:
Não sei descrever a intuição racionalmente. Nunca soube.
Acho o tema fascinante; trocava anos de vida por apurar a minha.
Não sei dizer o que é, mas sei que ela me assalta e me diz "vai para ali", "vem-te embora daqui", "este, sim", mas "aquilo, já não". Sei que ela me presta um serviço inestimável.
A minha foi baptizada. Chamo-lhe as minhas campaínhas internas e tem sido muito camarada comigo. De todas as vezes que as coisas correram mal, leia-se com resultados diferentes dos que eu desejava,a culpa foi quase sempre do meu lado racional, mental, intelectual. O lado controlado e controlador. A intuição avisou; eu mandei-a calar.
Acredito que a maior parte de nós não lhe saiba dar voz, tão embrenhados estamos sempre no conhecimento lógico das coisas.
O que eu já não tenho a certeza, é se, para se desenvolver a intuição, precisamos de ter pensado, estudado, analisado, etc., e muito, antes.
Acho que essa análise é importante, interessante; fundamental até para nos tornarmos melhores. Mas é trabalho de cérebro. E é o cérebro que nos faz pesar, repesar, avançar e retroceder, avaliar, medir e comparar até à exaustão.
A intuição, a tal das pequenas subtilezas, é matéria das tripas, do corpo todo. É no corpo todo que as campaínhas ecoam. E aí nós... ou as ouvimos... ou lhes desligamos o som.
Estou cada vez mais convencida que aquilo que o corpo não sente, a mente não regista.
Enviar um comentário