quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Carta aberta ao Rentes







Caro Rentes de Carvalho:
C’um caraças! Esfregaste mesmo o sal!
Tu, que conheceste o Portugal do pé descalço e da meia sardinha, que esperavas? Que o cego dissesse que não queria ver? Que o pobre, por uma vez não pensasse na solidariedade do rico, a quem nada falta, e que já está a amealhar para os bisnetos? Que ninguém aproveitasse o maná que lhe estava à mão?

Eu, que nada sei de economia, só empresto a quem tem possibilidade de me pagar. Se acho que o pobre não o vai conseguir, … ofereço (pouco), … e esqueço! Emprestar a quem, para pagar, tem de vender a roupa é de sacripanta.

Essa malta que andou a promover o consumo nestas paragens é que devia penar, e não quem consumiu. Havia que ir primeiro aos políticos responsáveis e aos gestores das empresas públicas que incumpriram ou que embarcaram em negócios ruinosos, e retirar-lhes o património adquirido nestes últimos vinte anos. Só depois é que se havia de chegar aos bens públicos.

Coitados dos governados pelintras que sonham com o país da Cocanha! O problema não está neles, está nessa gente que parece séria e competente e cuja única filosofia é o calculismo por uma vaidade.

Sabes!? Agora, quando os vejo na TV, mudo para um canal de desporto. Ali parece que se cumprem regras e se penalizam os infractores!
Um abraço!

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