domingo, 11 de dezembro de 2011

Valores






Os nossos “valores”, bloqueiam-nos ou despertam-nos, e fazem de nós aquilo que somos. São sensibilidades que nos choca ver ausentes nos outros.
Julgamos universais o respeito pelo outro, pelos animais, plantas e pelo ambiente, e pasmamos diariamente quando os vemos a toda a hora desrespeitados.
Digo “nossos” porque quero pertencer ao grupo que resiste à banalização da indignidade, principalmente por aqueles que deviam ser exemplo e usam o acesso aos púlpitos para se justificarem pela “necessidade de um momento”, que até se compreende, mas que não se pode deixar de punir.

Lembro-me de numa consulta, numa aldeia de Trás-os-Montes, ter perguntado à mulher, do outro lado da secretária, se era casada e de ter ouvido como resposta um sim, complementado por “Mas o meu marido está preso!”, rapidamente corrigido por “Mas é por matar, não é por roubar!”, não fosse eu pensar que ele não tinha dignidade.

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