quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Boa vizinhança



Passamos pela vida e o que deixamos rapidamente se desfaz no pó dos dias. O espavento não garante  persistência, pois é no recato que nos encontramos e partimos para a construção de uma pequena marca que fique para além de nós.
A Regina vivia no extremo da aldeia, lá em baixo, onde a rua começa. Enquanto o marido se entretinha com o jardim, qual dama de oitocentos, deu azo à imaginação tecendo as horas com as linhas e as rendas das caixas de recordações.
Fez deles quadros e uma exposição no Museu Soares dos Reis.





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