Ariana vem do grego Ariádne, a partir dos
elementos ádne, que significa “santa”, “casta”, “pura”, e ari,
que é um superlativo, equivalente ao “íssima” no português. Dessa forma, o nome
Ariana ganha os significados de "santíssima”, "a mais sagrada",
"castíssima", "a mais pura" e "puríssima". É essa
a opinião da maioria dos estudiosos da origem dos nomes das pessoas.
Conta-se que Minos desejando ser rei de Creta rogou a
Poseidon, o deus dos mares, das tempestades, dos terramotos e dos cavalos, que
enviasse um sinal divino que mostrasse a todos que ele era o escolhido pelos
deuses. Poseidon atendeu-o com uma condição: faria surgir um belo animal e
Minos deveria sacrificá-lo imediatamente ao deus. Minos concordou, e viu sair
das águas um magnífico touro branco de chifres dourados, porém, Minos diante de
um animal tão esplêndido, não cumpriu a promessa. Guardou o touro para si e
sacrificou outro animal. Poseidon ficou furioso por ter sido
enganado e, para o castigar, fez com que a sua mulher Pasífae, se apaixonasse
loucamente por esse touro.
Dessa relação nasceu um monstro, meio touro, meio homem, com um apetite voraz só aplacado com carne humana. Horrorizado e cheio de vergonha, Minos encomendou a Dédalo, grande arquitecto e inventor ateniense, a construção de um imenso lugar de reclusão de onde não fosse possível escapar. Dédalo concebeu o Labirinto, onde corredores ziguezagueantes se entrecruzavam impedindo encontrar a saída a quem nele entrasse. O Minotauro foi deixado no Labirinto.
Quando o terceiro sacrifício se aproximou, Teseu (grande herói de Atenas) apresentou-se como voluntário, decidido a pôr fim a esta maldição. Quando os jovens condenados desfilavam perante os habitantes da cidade de Creta, a caminho do Labirinto, Ariadne, ao ver Teseu, apaixonou-se imediatamente por ele. Chamou-o à sua presença e prometeu salvá-los se ele casasse com ela e a levasse para Atenas. Teseu concordou e Ariadne entregou-lhe um novelo de fio que devia ser atado num das extremidades à porta do Labirinto e depois desenrolado à medida que se fosse afastando.
Teseu entrou ousadamente no Labirinto em busca do
Minotauro. Quando chegou junto dele, por sorte, o animal dormia. Teseu caiu
sobre ele e, com os punhos, sovou-o até à morte. Depois, seguiu o fio até à
porta de saída, levando os jovens que o seguiram. Chegados ao barco, fizeram-se
imediatamente ao mar, levando Ariadne que já os esperava.
Na viagem de regresso, aportaram à ilha de Naxos, e o que aconteceu depois tem várias versões. Numa, Teseu abandonou Ariadne quando ela estava a dormir "por não ter alegria nela" e Dionísio, deus do vinho, das festas, da natureza, da fecundidade, da alegria e do teatro, numa das suas muitas deambulações, encontrou-a desolada numa das praias, socorreu-a e enamorou-se dela. Depois casaram e Ariadne nunca mais foi vista. Mas ao que consta, foram felizes e tiveram filhos.
Mas o que não disse foi
ter sido Dédalo a aconselhar Ariadne sobre o modo de sair daquele recinto e,
quando o rei Minos descobriu o seu envolvimento na fuga, prendeu-o no Labirinto
juntamente com o seu filho Ícaro, vigiando qualquer possibilidade de fuga por
terra ou por mar. Então Dédalo construiu dois pares de asas, tendo o cuidado
de avisar Ícaro, para não se aproximar do sol. Mas o jovem Ícaro, quando se apanhou a voar não resistiu a
subir cada vez mais alto, a goma das asas derreteu e acabou por cair no mar, para logo as águas se
fecharem sobre ele. Dédalo, desgostoso, voou até à Sicília, onde foi recebido
pelo rei com toda a cordialidade.
Minos por seu turno, ficou
furioso e decidido a encontrar Dédalo. Como o sabia um grande inventor, mandou
proclamar, por todo o lado, uma grande recompensa a quem conseguisse fazer
passar um fio por um buzio. Dédalo informou o rei da Sicília que era capaz dessa proeza – fez um pequeno orifício na extremidade fechada do buzio, agarrou
o fio a uma formiga, meteu-a pelo buraco e tapou-o. Quando a formiga apareceu
na outra extremidade, o fio tinha passado por todas as voltas e reviravoltas.
Só Dédalo era capaz de fazer um
prodígio destes!, exclamou Minos, e resolveu ir, ele mesmo, à Sicília para o
prender. O rei da ilha, porém, recusou-se a entregá-lo, e Minos pereceu durante
o combate.
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