quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Natal



Natal é Pai Natal, é o S. Miguel do comércio, é a Festa da Família, é Festa da Solidariedade, é uma Orgia alimentar, é a Festa das Crianças, é o aproveitamento cristão da festa romana do nascimento de Hélios, deus do Sol (data oficial do solstício de Inverno) ... ??????

Quando uma história tem sucesso, outras se lhe irão colar, pelo que o Natal será aquilo que cada um quiser, e nada de mal daí virá ao mundo.

Para mim, o Natal celebra Jesus. Não o aparecimento do avatar de um deus, nem a criação de um semideus, mas o nascimento de um homem que deu inicio a uma revolução.

A invenção do Deus único para todos os povos, que torna todos “iguais”, independentemente da sua origem e poder, é brilhante. Até então cada povo tinha os seus deuses e os Judeus até acreditavam (e muitos ainda acreditam) serem o povo escolhido por Deus.

Jesus é o primeiro arauto do princípio da igualdade e da união, ao expandir o Deus único Judeu aos "gentios". A imprensa (Gutenberg: 1400-1468) deu um poderoso incremento à divulgação dos mesmos princípios. A Revolução francesa (1789-1799) elevou-os a Lei.

É esse o valor que celebro.

1 comentário:

Anónimo disse...

Celebra o que quiseres mas não foi Jesus que expandiu o Deus único aos gentios. Quem o fez foi Paulo, que nunca viu Jesus mais gordo. O objectivo de Jesus era corrigir os desmandos do Judaísmo.

Quanto à ideia supostamente brilhante do Deus único, talvez não seja má ideia lembrar que o politeísmo não dá origem a guerras religiosas. Os seguidores desse Deus único desde Paulo, têm sido responsáveis através dos séculos por milhões de mortos, e o principio da igualdade não passa dum mito. Nunca fomos nem nunca seremos todos iguais.
O conceito desse Deus único talvez não tenha sido assim uma ideia tão genial. Os Egípcios já o tinham tentado antes dos Judeus, mas durou pouco tempo. Deviam saber qualquer coisa que não se sabe hoje.