sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Missa de 7º dia












Morreu aos 90 anos, poucos meses depois da festa onde a família a homenageara e onde, fresca, irradiara bondade.
Mal a conheci. Soaram-me ao longo dos anos histórias do seu cuidado com quem lhe estava próximo, do carinho, da delicadeza, do conforto e sintonia nas suas alegrias e aflições.
Agora está morta, uma morte inevitável depois da doença que lhe levou o espírito num sopro.

É Missa do 7º dia.
Sigo a voz sibilada do padre nas palavras rituais. Depois a homilia: “que era pior se fosse nova e a morte, inesperada”, e que são insondáveis os desígnios do Senhor, sem uma frase a transformá-la no ser único e maravilhoso que parece ter sido.
No fim uma carta juvenil lida com a emoção da primeira grande perda a dar sentido à homenagem.
Ela que era uma guardiã dos valores da humanidade!

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