Evolução implica simplificação (não simplicidade), e mal vai uma sociedade se não tiver quem a promova face à natural complexidade dos novos problemas, sob o risco de se perder a noção do essencial.
Os conhecimentos fornecidos ao longo dos anos de escolaridade, têm de estar pressupostos na prática profissional, pelo que se exige a qualquer técnico com um curso médio ou superior, a capacidade de linguagem e de escrita (simples e concisa) para registo da sua actividade.
O léxico técnico tem de estar em consonância com o dos outros grupos profissionais próximos, sem conter banalidades.
Promover aplicações informáticas sem estas características é menosprezar os seus profissionais, dificultar a integração nos objectivos comuns e promover o desperdício.
"Se podes fazer difícil, porquê fazer fácil?" ... parece ser o lema.
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2 comentários:
Sou enfermeiro e infelizmente tenho que concordar....Sempre defendia a sua tese, pois quando me chega uma informação dessas pouco sumo se tira....Infelizmente para ter uma informação precisa e concisa tenho que ler a carta de alta médica
Caro anónimo:
O poder deslumbrou-se com Informática e deu azo a que entrassem pelos organismos do Estado, conceitos e programas, sem adaptação à população a que se destinam e sem um período experimental que o validasse.
Eu acho uma ofensa o nível das definições a que a CIPE desce, e ainda por cima com uma linguagem que não é compreensível nem aceitável.
Os exemplos que pus encontram-se em quase todas as 200 páginas do livro - Classificação Internacional pata a Prática de Enfermagem - Versão Beta (01 de Março de 2000), que é uma tradução de uma edição do Danish Institute for Health and Nursing Resarch.
A descrição da graduação da intensidade dos "fenómenos" repete, para cada um, o “Sim, em grau reduzido", o "Sim, em grau mediano", o "Sim, em grau elevado", e o "Sim, em grau muito elevado", ao longo de 35 páginas, é de desesperar.
Mas quando passamos à Localização Anatómica (Código – Termo – Definição), é de ir às lágrimas.
IF.1.3 - Esfincter anal – Fenómeno de Enfermagem com localização anatómica: Esfíncter anal ….
E por aí fora … para ir para – Alvo: (Código – Nome – Definição)
2B.2.1.1.1.1.1.1.16 – Pai – Acção de Enfermagem que tem como alvo: Pai
2B.2.1.1.1.1.12.1.7 – Pêlo – Acção de Enfermagem que tem como alvo: Pêlo
…
E por aí fora durante páginas e páginas.
Parece-me uma complicação desmesurada para classificar e quantificar tudo e mais alguma coisa, com perda do principal objectivo que é a acção dos enfermeiros junto dos doentes.
Eu NÃO acredito que o autor se estivesse a dirigir aos enfermeiros dinamarqueses.
VALHA-NOS DEUS!
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