domingo, 10 de agosto de 2008

É sempre a abrir


















Vejo a promoção do “sem limites” como um acto do inconsciente colectivo para eliminar os pouco sensatos do ciclo reprodutivo.
Deslumbrar a juventude com situações reais ou de ficção extraordinárias (minimizando as consequências dos falhanços), induz os insensatos e os desadaptados a medir-se com elas, pois são estes que assumem com maior facilidade comportamentos auto-destrutivos indirectos com efeito suicidário: desportos radicais de elevado risco, comportamento sexual desprotegido, condução sob efeito de drogas ou de álcool, jogo patológico, auto mutilação ou a roleta russa.

Quando ouço um grupo de jovens a contar as suas aventuras do “sempre a abrir”, rezo para que à boa maneira portuguesa “os factos importem pouco e que o importante seja o que se diz!”

2 comentários:

Pitucha disse...

Vim retribuir a visita ao meu Cinzento de Bruxelas.
A busca de emoçes fortes é talvez sinal de vazio interior...mas, que sei eu, parte de uma outra juventude que acreditava ser possível mudar o mundo.
Cumprimentos

Anónimo disse...

A necessidade de visibilidade e afirmação é geralmente proporcional ao sentimento de inferioridade ou imaturidade que o tempo ajuda, muitas vezes, a corrigir, no desenvolvimento dos indivíduos. O mal é quando resultam em consequências para o próprio ou, pior, para terceiros. As crianças também crescem, mas até lá precisam de regras, orientação e umas joelheiras para que não se magoem nas suas atribulações, lhes seja permitido crescer e um dia possam ajudar crescer os seus.
PM