As Salamandras são urodelos e como tal – anfíbios mas, surpreendentemente, moram à porta de minha casa. De verão desaparecem, para voltarem com as primeiras chuvas, indiferentes aos cães, que por certo sabem que as suas manchas amarelas contêm um tóxico neuro-muscular.
Gosto de as ver de cabeça levantada, a decidir se vão para as fendas do muro ou se esperam que me vá, para continuar a vida. Quando decidem atrasar-me, vão para a garagem para me verem de gatas a afastá-las do trajecto dos rodados, mas fora isso e os sustos que pregam a quem tem medo delas, damo-nos tão bem, que eu restrinjo os químicos que o jardim pede.
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