sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Programa de Emergência Social






"Quando o Estado recua nos apoios sociais, os direitos tornam-se ajudas e deixam de ser garantidos. Esse é o risco do recém-anunciado Programa de Emergência Social para apoiar um total de três milhões de portugueses, acreditam Villaverde Cabral e Boaventura Sousa Santos. O plano dá à Igreja Católica o papel que tinha no tempo de Salazar e é mais um passo para uma segurança social para pobres.
A diferença entre o Estado e os agentes privados é que a estes não é possível exigir o cumprimento dos direitos dos cidadãos e muito menos os direitos universais. Os agentes privados não actuam com base em critérios de cidadania; actuam com base em critérios de carência.
As IPSS só distribuem aquilo que o Estado lhes dá; nem mais um tostão.
No caso português, há um factor adicional de anti cidadania: a presença maciça da Igreja Católica nas IPSS, faz destas um instrumento de evangelização bem conservadora, aliás – financiada por um Estado supostamente laico. "
In Público de 24/08/2011

Agora, uma anedota que parece não ter nada a ver com isto.

Uma freira empurra numa cadeira de rodas, um desgraçado fortemente penalizado por lesões cerebrais. O homem apesar da dislexia e da incoordenação motora, à passagem de uma rapariga toda “produzida”, não resiste e diz-lhe um piropo excessivamente brejeiro.
A freira, surpresa, admoesta-o: "-Não diga isso que Deus castiga-o!"
Ao que o infeliz responde, retorcendo-se na cadeira: "-Só… se … me … des pen tear! "

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