Lembro-me do borburinho das conversas e da notícia da sua execução. Creio até que estranhei a “condenação à morte” pese embora os livros de quadradinhos e os filmes de “tiros e bombas e murros nas trombas” em que obrigatoriamente morria metade dos personagens. Mas morte com data marcada, dia, hora e último desejo foi a primeira das muitas que sempre me iriam impressionar. Não que seja contra, mas não consigo ser claramente a favor.
Mais tarde
Adolf Eichman voltou ao meu imaginário, para definir uma das minhas abominações.
“Sou inocente! Eu só cumpri ordens!”, foi um dos argumentos que invocou ao ser acusado de ter planeado o extermínio total da população judaica da Europa e da União Soviética, ordenado por Hitler.
Ao longo da vida, fui sempre encontrando gente que se desculpa porque “cumpre ordens”, quaisquer que elas sejam, para que a sua “vidinha” melhore ou não seja afectada.
E eu não consigo ser a favor, principalmente quando se ocupam cargos de chefia.
…
Adolf Eichmann não teve azar. Teve o que merecia.
Mas há outros!
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