segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Troll















Troll, Troll, vem cá! Vem cá!
Mas lá vai ele, rua abaixo, feliz a cheirar muros, depois de se ter esgueirado pelo portão da garagem.
Não era assim. O terreno da casa bastava-lhe, mas numa primeira fuga ficou-lhe o gosto pela liberdade!
É uma ausência de duas horas, a desbravar, até voltar de língua de fora com o rabo a dizer: “Foi bom!”. Mas vai de castigo para o canil que eu não o quero atropelado ou a provocar um acidente.
É um Serra da Estrela de pelo curto. Nasceu na “Casa de S. Francisco” em Tomar, em 31/12/2004 e vive connosco desde Março de 2005.
Era para ser um cão de guarda, mas é dócil como um carneiro.


Acompanha-me sem entender o meu afã de jardineiro e não sei se pela natureza se por solidariedade ajuda a reduzir o número de toupeiras.
Depois vem com o focinho tirar-me a mão do bolso a exigir um afago que eu não regateio, porque sei que aquele olhar é difícil de encontrar nos humanos, mesmo nos que nos estão próximo!

1 comentário:

capitão disse...

Nas nações escandinavas os gigantes da antiga mitologia, que habitavam em Jotunheim e guerreavam com o deus Tor, tornaram-se rústicos Trolls. ... Os Trolls da superstição popular são Elfos malignos e estúpidos, que vivem nos covis das montanhas ou em desagradáveis cabanas. Os que mais se destacam estão dotados de duas ou três cabeças.

in "O livro dos seres imaginários" de Jorge Luís Borges.