Do Dicionário - Pasquim: "sátira afixada em lugar público ou posta em circulação clandestinamente; jornal ou folheto que difama".
Pasquino é a mais famosa das estatuas parlantes de Roma, transformada em figura característica da cidade entre os séculos XVI e XIX.
A estátua é, na realidade, um fragmento de uma obra grega, provavelmente do século III a.C. Representa um guerreiro heleno. Esteve soterrada até ser encontrada em 1501 numas escavações, e ser colocada no lugar que hoje ocupa, na Piazza di Pasquino, não longe da Piazza Navona.
Foi o Cardeal Oliviero Carafa, que inadvertidamente lhe deu a sua primeira voz ao vesti-la como uma divindade clássica e ao pendurar-lhe uma pequena descrição numa cerimónia em honra de S. Marco no dia 25 de Abril de 1501.
Desde então a estátua serviu de suporte a dísticos e notícias onde clandestinamente se denunciava a insatisfação com aquilo que se considerava prepotência do Governo ou da Igreja (principalmente dos Papas que chegaram a ameaçar com pena de morte os autores desses textos).
O nome Pasquino foi-lhe atribuído pelo povo de Roma, provavelmente em memória de um alfaiate desbocado, que teria a sua oficina junto da estátua.
Agora os Pasquins reproduzem-se na Blogosfera.
Qualquer um, a coberto do anonimato, pode difamar, inventar factos, empolar a sua pequena verdade, armar-se em defensor dos oprimidos, outorgar-se em representante de um qualquer grupo, proclamar honestidade e o que mais se lembre, que ninguém com juízo o irá contestar.
Qualquer um, a coberto do anonimato, pode difamar, inventar factos, empolar a sua pequena verdade, armar-se em defensor dos oprimidos, outorgar-se em representante de um qualquer grupo, proclamar honestidade e o que mais se lembre, que ninguém com juízo o irá contestar.
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