sábado, 26 de setembro de 2009

Inteligência


Inteligência é a capacidade para resolver problemas complexos em circunstâncias mutáveis.
Os testes de medição da Inteligência (Q.I. - Quociente de Inteligência) têm vindo a perder a importância concedida na primeira metade do século XX, quando serviram as necessidades da época para avaliar os resultados do ensino e detectar pessoas com mais capacidades intelectuais para a execução de tarefas, ao mesmo tempo que deram cobertura a justificações rácicas e de poder.
A sua importância diminuiu a partir do momento em que se passou a considerar a inteligência como um processo e não como um resultado, realçando-se a importância do carácter adaptativo e criativo na resolução de problemas, bem como a influência da motivação no desempenho de tarefas, pois concluiu-se que as emoções (Q.E. - Quociente Emocional) e a presença de "pensamentos tóxicos" interferem na qualidade dos raciocínios.
Mas ainda hoje são frequentemente utilizados. Um Q.I. igual a 100 será revelador de uma inteligência normal. Como não há testes validados/adaptados à população portuguesa, não se sabe qual a percentagem de débeis e de dementes em Portugal.
A OMS calcula que 68% dos humanos teriam Q.I. entre 90 e 110 e, por isso, estariam aptos ao desenvolvimento intelectual pleno, e eu permito-me achar estes números muito optimistas. É que “resolver problemas complexos em circunstâncias mutáveis” numa “sociedade tecnológica”, implica não só uma cabeça a funcionar bem, mas também ter uma base de dados que lhe permita interpretar com eficiência o mundo que o rodeia. Mesmo no âmbito do “utilizador”, o grande número e a complexidade dos sistemas disponíveis, tornam-nos rapidamente incapazes em muitas situações.

Debilidade mental, na Psiquiatria, define-se pelo Q.I. entre 50 e 70, sendo fronteiriços aqueles com graus de 70 a 90. Os portadores apresentam a capacidade de julgamento perturbada e não se adequam facilmente às novas situações, podendo, no entanto, prover uma vida social relativa.
A psicologia atribui-lhe uma idade mental correspondente ao de crianças com idade entre os 7 e 12 anos de vida.
Oligofrenia (do grego olígos = pouco; phrenós = espírito, inteligência), designa um défice de inteligência, compondo a chamada tríade oligofrénica: debilidade, imbecilidade e idiotia.
Recomenda-se agora a utilização de termos como Portadores de Necessidades Especiais, no lugar de expressões Cretino, Idiota, Imbecil, que adquiriram um sentido de ofensa que dificulta a inclusão social. Inicialmente estes termos científicos foram um grande avanço, pois substituíram a crença de que eram indivíduos amaldiçoados ou possuídos pelo demónio.

Fala-se em Demência quando o indivíduo teve completo desenvolvimento de suas faculdades mentais, e as perde posteriormente - diferindo, portanto, da oligofrenia, em que a morbidez ocorre antes desse desenvolvimento.

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