Fernando Correia, presidente do Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem, Diário de Notícias, 20/04/2010, na sua senda “para desmedicalizar progressivamente a área dos Cuidados de Saúde Primários dos Centros de Saúde preferenciando a promoção da Saúde e a prevenção da doença em detrimento da medicalização demasiado acentuada e dispendiosa”, diz que “os enfermeiros podem fazer a triagem e encaminhar os doentes já com diagnóstico predefinido, para o médico dar sequência aos tratamentos ou medicalizações e nesta situação não seriam necessários mais de 50% dos médicos existentes”.
Oh meu amigo ZZZzzzz! “P’ra melhor, está bem, está bem! P’ra pior, já basta assim!”
A Anamnese é um dos maiores problemas da prática médica. Como procurar o que não se sabe o que é? Como reconhecer a doença quando lhe desconhecemos os atributos, as propriedades e os outros marcadores que a definem?
Uma boa Anamnese exige perguntas específicas, quer ao doente quer a pessoas que o conheçam bem. Embora em emergências possa ser suficiente uma curta informação colhida por um paramédico, a maior parte das situações que se apresentam num consultório exigem argúcia e prática, para não tomar a parte pelo todo, e sejam considerados os diagnósticos diferenciais e os secundários, que tantas vezes estão por detrás do erro médico.
Uma boa história poupa imensos meios auxiliares de diagnóstico e iatrogenia. Uma má história é um descalabro! !
Meu caro Fernando Correia, a anamnese é a parte mais difícil da Medicina. É ela que determina tudo o resto, do "fazer ao não fazer". É aí que se vê a qualidade do raciocínio e dos conhecimentos do médico, para depois poder escolher criteriosamente os meios auxiliares que irão confirmar o diagnóstico e individualizar a terapêutica (médica ou cirúrgica) que (habitualmente) é fácil procurar nos livros.
Oh meu amigo ZZZzzzz! “P’ra melhor, está bem, está bem! P’ra pior, já basta assim!”
A Anamnese é um dos maiores problemas da prática médica. Como procurar o que não se sabe o que é? Como reconhecer a doença quando lhe desconhecemos os atributos, as propriedades e os outros marcadores que a definem?
Uma boa Anamnese exige perguntas específicas, quer ao doente quer a pessoas que o conheçam bem. Embora em emergências possa ser suficiente uma curta informação colhida por um paramédico, a maior parte das situações que se apresentam num consultório exigem argúcia e prática, para não tomar a parte pelo todo, e sejam considerados os diagnósticos diferenciais e os secundários, que tantas vezes estão por detrás do erro médico.
Uma boa história poupa imensos meios auxiliares de diagnóstico e iatrogenia. Uma má história é um descalabro! !
Meu caro Fernando Correia, a anamnese é a parte mais difícil da Medicina. É ela que determina tudo o resto, do "fazer ao não fazer". É aí que se vê a qualidade do raciocínio e dos conhecimentos do médico, para depois poder escolher criteriosamente os meios auxiliares que irão confirmar o diagnóstico e individualizar a terapêutica (médica ou cirúrgica) que (habitualmente) é fácil procurar nos livros.
Não há estabilidade nos "diagnósticos predefinidos" que permita a ausência do médico, pois nada na Medicina permanece constante e, se há uma má prática médica, ela não deve ser substituída por outra pior, desenvolvida por enfermeiros.
Vejo mais depressa enfermeiros a executar técnicas, que a fazer diagnósticos.
Não vá por aí!
Vejo mais depressa enfermeiros a executar técnicas, que a fazer diagnósticos.
Não vá por aí!
2 comentários:
É por isto que a Enfermagem demora a avançar, insiste em ir pelo caminho errado! Ainda não entendemos que o nosso valor passa exactamente por aquilo que já fazemos, desde que bem feito, e não por tentarmos assumir o papel de outras profissões. No entanto, ser enfermeiro é muito mais do que realizar "técnicas". Todas as intervenções de enfermagem têm subjacente conhecimentos específicos e um plano de cuidados personalizado pressupondo muito mais do que a simples execução de uma técnica.
Concordo!
Para reforçar o teu comentário, chamo a atenção para a necessidade de que o plano terapêutico do doente inclua médico, enfermeiro e assistente social, trabalhando em equipa, e que muitos apostam no afastamento destes grupos profissionais, criando-lhes objectivos paralelos e não complementares.
Os porquês desta situação têm a ver com interesses pessoais de gente como esta, que vê na competição entre médicos e enfermeiros, a oportunidade para se tornar visível.
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