Vamos lá a pensar bem, porque de outro modo não vamos a lado nenhum! Há ou não desperdício no SNS? Há ou não controle suficiente? Quem o faz?
Um SNS universal e tendencialmente gratuito exige grande rigor na sua aplicação, pois o volume de gestos que a cada momento os seus profissionais executam é tão grande, que qualquer diminuição de qualidade se reflecte economicamente.
E esta qualidade está dependente de aspectos psicológicos e de aspectos técnicos. A condicionar os primeiros está o exemplo do Estado, e este fica desacreditado quando não controla os salários sumptuosos dos gestores de Empresas onde é detentor de “golden share”, e de insistir em obras públicas de rentabilidade duvidosa, pois neste contexto até dá vontade de dizer “se é p’rá desgraça, … é p’rá desgraça!”.
No que respeita aos aspectos técnicos necessários para a racionalização dos gastos, tudo passa pela promoção da competência, e da discussão e defesa das soluções nas Instituições, cumprindo os objectivos a que se propuseram, e não faz qualquer sentido promover o seguidismo e silenciar as vozes desalinhadas.
Não é nada disto que tem vindo a acontecer e não estranho que haja intenção em se promover este estado de coisas para depois se falar "da insustentabilidade do SNS", e depois se justificarem outros negócios.
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