domingo, 19 de setembro de 2010

Pequenos políticos



- Então é por isso que tu não vais à bola com ele!?
- Ele andava armado em defensor dos “pobres e oprimidos”, a tentar fazer obra com o dinheiro daqueles a quem chamava ricos, mas não abdicava de um carro "topo de gama". O método era sempre o mesmo: “criar dificuldades, para vender facilidades!” Freguês que lhe caísse na alçada, não andava para frente sem calcetar uma rua, alargar um caminho ou participar na iluminação. Criava-lhe obstáculos sobre obstáculos, para que num desespero, ele cedesse.
- Este tipo de gente pensa que é o Robin dos Bosques, mas são muito cientes dos negócios e oportunidades que o lugar lhes oferece. Isso em termos jurídicos, chama-se “extorsão”.
- Um colega dele das Finanças, contou-me que ele, quando detectava irregularidades, fazia chantagem sobre as empresas, o que, naquele tempo, era o pão do dia. Fazia parelha com um amigo, que depois de algum sucesso regional, se abalançou para Lisboa. Mas lá a coisa piou fino e acabou “dentro”. Este, mais provinciano, ficou por cá e safou-se. O grosso da população não o critica, porque ele se vira mais para quem chega. É o eterno problema do “rouba, mas faz!”
- O homem viu na expansão da aldeia, a oportunidade para fazer obra que lhe rendesse dividendos políticos. Só que este estilo não dá com todos, e coisas que se resolveriam falando, ficaram paradas. No teu caso, tivestes que pagar!?
- Aconselhei-me com o meu advogado, que me disse que: "os direitos não se pedem, exercem-se!"

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