quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Braga Pop Hostel


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A escolha de Bruxelas acabou por ser o empurrão que faltava a Helena Gomes, 32 anos, que há muito alimentava a vontade de abrir um hostel. Pop é o primeiro do género na cidade e já foi distinguido pelo site hostelbookers. Veterinária, com um vínculo precário no horizonte, Helena diz ter encontrado a altura certa para mudar de vida. Alugou um apartamento entre o Campo da Vinha e a Igreja da Lapa, remodelou-o, encheu-o de cores e abriu-o ao mundo.
Quem sobe as escadas até ao terceiro andar do Pop são sobretudo espanhóis, alemães, australianos. Muitos marcam uma noite e acabam, por ficar várias. Parece que se encantam com a cidade. “Dizem que é linda”, que respira história, e realçam o acolhimento, a simpatia das pessoas”, conta Helena, sentada nas almofadas às riscas da sala com vista para o Sameiro.
Nascida em família de médicos, a dona do Pop, tem uma marquesa a fazer de sofá. Se deitasse lá a Braga para onde se mudou em 2004, vinda de Viana do Castelo, concluiria que ela passou por uma grande mudança de mentalidade. “Quando cheguei, era uma cidade pouco activa. Agora, as pessoas já não só consumidoras, têm vontade de fazer coisas. E não há uma negação da tradição. Há vontade fazer uma cidade jovem dentro dessa”.
Num passeio pelo centro, rapidamente se encontra uma mão-cheia de exemplos que corroboram a opinião de Helena. A zona do Rossio, ….


O Título da Reportagem é "Braga: O elixir da juventude" e saiu na Visão desta semana. Esta é a página 74.

É um mundo diferente daquele que conheci, quando se estudava para uma profissão e, se havia qualidade, o sucesso estava garantido.
Agora a escolas produzem licenciados bem acima das necessidades, e quem está "instalado" contrata-os ao preço da "uva mijona".
Resta-lhes emigrar ou procurar alternativas que lhes dêem alguma independência.

"A ver vamos", como diz o cego!

Viva o "Braga POP Hostel"

Viva!

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1 comentário:

toupeira disse...

ó pai, devias dizer que o Braga POP Hostel é teu neto adoptivo, para não deixar qualquer dúvidas
e sim, o mercado de trabalho é difícil para a minha geração, mas, por outro lado crescemos num mundo de mais opções e menos restrições. mais do que os ordenados miseráveis (que o são) é o facto de termos crescido num mundo de promessas em que tudo era possível e descobrirmos, na idade adulta, que temos é que ser cordeiros e bem mandados.
Felizmente, este espaço em que crescemos também nos deu capacidades de adaptação que talvez as gerações anteriores à nossa não tinham.
É com muito orgulho que eu, com uma licenciatura em Medicina Veterinária, um estágio numa das melhores faculdades dos EUA e uma Pós-Graduação em Medicina Interna hoje me encontro a fazer camas e a servir pequenos almoços e a sair na Revista Visão, sem nunca por de parte a hipótese de, daqui a uns anos, fazer formação na fina arte da carpintaria.