Ao que parece houve um significativo aumento nas dádivas de sangue, apesar do decreto-lei n.º 113/2011, de 29 de Novembro só dar isenções nas taxas dos dadores "nas prestações em cuidados de saúde primários” e revogar o decreto-lei 294/1990, que lhes dava também isenção nos meios auxiliares de diagnóstico e consultas hospitalares.
A crise aumentou o número de dadores, contrariando as afirmações de algumas
Associações de Dadores. É que, em tempo de vacas magras, “nada se pode perder”.
Nos últimos dias de Dezembro foi uma avalanche para a segunda dádiva, com novos dadores e até houve gente a tentar aldrabar. Um fulano de sessenta anos, desvalorizou uma angina de peito, recentemente diagnosticada, e falou em pedir o Livro de Reclamações quando se lhe recusou a dádiva.
-É clássico. Primeiro teme-se uma grande perda e depois, como ela não vai ser tão grande, há um alívio e aceita-se.
Lembra-me a anedota em que um indivíduo dá a notícia da morte dos pais a outro. Começa por lhe dizer que na aldeia tinha havido uma grande desgraça e que tinha morrido toda a gente. E antes que ele caía em si, alivia-o, dizendo: - Está descansado. Era eu a exagerar. Não morreram todos! Só morreu o teu pai e a tua mãe!
Sem comentários:
Enviar um comentário