Encontramos livros em bibliotecas e livrarias. Reunidos num só local, os livros assemelham-se a um exército ameaçador a perfilar-se a toda a volta a clamar por serem lidos. No seu meio, um leitor pouco regular sente-se como um bêbado no meio de uma manada de zebras em pleno galope. Tudo se lhe confunde. A quantidade dos livros intimida-o e recorda-o de tudo quanto não sabe. Estas toneladas de conhecimento são a medida da sua ignorância. Escolher um, abri-lo e começar a lê-lo parece-lhe um empreendimento ridículo. Recorda-lhe a tentativa de esvaziar um oceano com um dedal. A simples visão de uma prateleira desmoraliza-o.
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Nenhum utilizador de bibliotecas as sente desta forma. Apenas vê o livro que utiliza naquele momento, e talvez mais alguns da mesma família. Os outros, vê-os, tanto ou tão pouco, como o jovem que se dirige a um encontro com uma rapariga, se apercebe da quantidade de pessoas que passam ao seu lado na avenida. ….
in "Cultura" de Dietrich Schwanitz
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Nenhum utilizador de bibliotecas as sente desta forma. Apenas vê o livro que utiliza naquele momento, e talvez mais alguns da mesma família. Os outros, vê-os, tanto ou tão pouco, como o jovem que se dirige a um encontro com uma rapariga, se apercebe da quantidade de pessoas que passam ao seu lado na avenida. ….
in "Cultura" de Dietrich Schwanitz
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