Disputa-se em Portugal o jogo onde participam as equipes do Rigor e da Austeridade, num estádio sem adeptos, cheio de espectadores e câmaras de televisão.
Antes do início do jogo, os treinadores revelaram, que iriam respeitar as regras, mas cedo se reparou na desproporção da capacidade de ambas as equipes e na presença de um árbitro internacional, decido a privilegiar a equipe visitante.
O jogo iniciou-se com a equipe da Austeridade ao ataque, e ainda não tinham decorridos dois minutos já o resultado era 0-2, com os dois golos de rajada, ambos de bolas rasteiras dirigidas à baliza do Funcionário Público, que siderado, nem se moveu para as defender. Com 13º mês e o subsídio de férias já por conta da equipe da Austeridade, o jogo entrou numa fase morna, que só despertou, quando num rude golpe de cabeça a baliza do Funcionário Público, foi de novo violada por um golo de 10% sobre o seu vencimento base.
Com 3-o quase a abrir o encontro, todos esperavam alguma reacção da equipe do Rigor, mas em vez disso, os jogadores mantiveram o mesmo ritmo, com corridas avulsas, enquanto a equipe da Austeridade, recheada de jogadores estrangeiros, dava “baile” a meio campo.
A meio da primeira parte, um defesa da equipe do Rigor, de seu nome Catroga, marcou um golo na própria baliza, e o resultado passou para 0-4.
Seguiu-se um jogo incaracterístico, com a bola quase sempre nos pés da equipe da Austeridade e com a equipe do Rigor “a ver jogar”, pelo que não espantou que, quando as equipes foram para o balneário, o resultado ultrapassasse a meia dúzia, e a equipe do Rigor estivesse com menos um, por expulsão de um secretário de Estado que tentou cortar no preço da electricidade.
A segunda parte começou, com um reduzido número de espectadores, e os que restavam assobiavam sempre que a equipe do Rigor tinha a bola nos pés.
Até este repórter se desinteressou e desligou os auriculares, antevendo uma cabazada monumental.
Dizem-me agora que vai ser necessário um novo “resgate”, que não vai haver substituições na equipe do Rigor e até os seus
jogadores falam em vitórias quando têm, dívidas de 18 milhões de Euros a fornecedores.
Será que o clube merece que lhe paguemos as cotas?
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