Ensinar para fornecer o “pacote de informação” necessário para uma boa integração na sociedade onde irá viver.
Ensinar, para dinamizar a sociedade e não para transformar o Ensino num negócio, que crie doutores para o desemprego, em desfavor dos profissionais necessários eficientes.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
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2 comentários:
A massificação dos tempos modernos não deixa espaço para a individualidade. As crianças são preparadas para o mundo que julgamos conhecer e orientamo-las desde muito cedo para o que queremos - pois o sistema privilegia determinadas orientações - e começamos por coartar a sua liberdade de desenvolvimento do seu potencial individual. Como um colete de forças a noção do que deve ser submete-a a um padrão que por vezes está muito longe da sua visão do mundo. Li já há muito tempo um livro de Maria Montessori onde esta expunha alguns casos de insucesso escolar. Num deles a criança não conseguia aprender a ler ou escrever e era dada como incapaz pelos professores. Por sugestão da médica foi colocada numa quinta onde tinha contacto com as actividades habituais nesse espaço, mas nada lhe era ensinado. Posteriormente, uma tutora foi introduzindo, no âmbito das actividades da quinta, o ensino da leitura e escrita. A criança não só terá conseguido reentrar no sistema educativo como se formou posteriormente em medicina veterinária.
Agostinho da Silva referia ter um colega professor universitário que tinha como hobby, durante o fim de semana, dedicar-se aos motores dos veículos que possuía na sua quinta, onde o encontrava envergando um fato de macaco impregnado de óleo, mas realizando--se no seu prazer pessoal. Para Agostinho da Silva este homem deveria ter-se dedicado a essa actividade pois seria, provavelmente, mais produtivo e feliz. Nós retiramos frequentemente a possibilidade às crianças de serem felizes.
PM
Os professores têm que ganhar mais para terem vidas mais dignas, para poderem viajar, comprar livros, para nunca pararem de aprender e poderem transmitir os seus conhecimentos. Sem o entusiasmo das pessoas, não há país que avance. Sem arte e sem cultura os países são tristes e não produzem nada. Sem a solidariedade para com os mais velhos e os mais pobres, somos todos uns canalhas. Um país de canalhas é um país que não vale nada.
Teresa Villaverde (cineasta) in Público 28 Set/09.
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