sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Megalomanias


Esta coisa de ser “moderno” tem custos, principalmente quando a vaidade toma conta de nós e fazemos da exibição a nossa mais valia. Então é-se dominado pelo guarda-roupa, pelo automóvel, pelos trejeitos e pela conversa de circunstância, enquanto o essencial se escoa.

É assim com as pessoas e é assim com as cidades das pessoas, quando se faz obra monumental como quem diz: “faça-se a ponte, que o rio logo aparece!”
Viana do Castelo armou-se em cidade de gente rica. Desertificou e deixou degradar muito prédios do centro histórico, multiplicou o estacionamento pago, descurou o transporte colectivo e "expandiu-se" para a periferia, para mostrar vaidade com a frente ribeirinha.

Como consequência, vai ter de suportar uma manutenção acrescida e, como o plano não está dimensionado à sua medida, está-lhe reservada uma "política de bombeiro" para acorrer às situações mais prementes.

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