segunda-feira, 18 de abril de 2011

Diagnose Póstuma



É uma realidade. Depois do diagnóstico, não falta quem apareça a explicar todos os meandros dos "como e dos porquês".
É assim em todas as áreas do conhecimento, da Medicina à Política. Tudo é complexo quando não conseguimos encontrar uma linha de pensamento que nos leve à solução (o tal fio que Ariadne colocou no Labirinto e que permitiu a Teseu matar o Minotauro), mas uma vez colocados no caminho correcto, a evidência é tão grande que começamos a pensar que fomos nós que tivemos a ideia.
No Mundo Ocidental (à excepção da Alemanha) as autópsias sem intuito Médico-Legal, caíram em desuso, não só porque a qualidade dos estudos imagiológicos melhorou muito, mas também porque os médicos se confrontavam frequentes vezes com resultados inesperados e determinantes para o desenlace fatal, que na mesa de autópsia os desacreditavam.
Actualmente, na Política, é mais difícil enterrar os erros e não faltam na Comunicação Social os painéis de comentadores a fazer "diagnose póstuma".
É que "Depois da noiva casada, não faltam pretendentes!"

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