terça-feira, 12 de abril de 2011

É de graça!


Sempre duvidei do que, sem ser por amizade, me ofereciam. Talvez tudo tenha começado com os jogos do Liceu quando, para nos medirmos, criávamos situações embaraçosas para os colegas menos próximos. Ficou-me o jeito de desconfiar "quando a esmola é grande", de me não impressionar com as lantejoulas e de só "comprar" depois de bem ouvir o som que lhe está apenso. Mais tarde aprendi a não gostar dos "calados".


Surpreende-me a incapacidade de responder "Não!" ao que é "de graça ou quase", desta gente que assumiu responsabilidades por todos nós, pois raramente fazem contas ao preço da manutenção.

Assumem que o "dinheiro barato" é "de graça ou quase" e disparam-se em auto-estradas, TGVs, megahospitais, megaescolas e outros grandes equipamentos, como se um país só funcionasse numa euforia de mobilidade de toda a população.

Mas se os políticos têm estes comportamentos nos gabinetes, dentro das casas a população copia-os, numa irresponsabilidade onde o supérfluo é rei e o essencial escasseia.

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