sábado, 23 de abril de 2011

Dr. dê-me um tónico!





Sr. Dr.! Dói-me a crise
Dói-me a dívida
Mais as tricas
E os resgates.
Sinto as toikas
Que decidem a insolvência
E a estratégia
Que me cansa a paciência.

Oh! Dr.! O que é que faço
Com o rating
Q’inviabiliza o manifesto
E o orçamento
Que me põe em baixo o mento?
O que é que digo
aos omissos compromissos
Que não querem execução?

Sr. Dr.! Pense um pouco
E me diga o que valem os milhões
e complementos
dessa dívida soberana
que empurra os credores,
esses senhores
E os custos desses justos.

Dr. Eu não durmo
Com o financiamento do momento
a reestruturação da recessão
A maturidade dos títulos
E os cenários mais prováveis!
Dr.! Eu desmaio com os custos
e a pressão da convergência
dos mercados atiçados
Em austeridades de cão

Oh Dr. dê-me um fôlego
que me tire do fracasso
Que me torne a carne em aço
e me escude destes PIB, destes PEC
Destes Fundos
Dos empréstimos
Das rejeições oficiais
das impertinências dos jornais
e me deixe a porta aberta
p’ra que eu possa respirar

Dr. dê-me um tónico por favor!

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