terça-feira, 26 de julho de 2011

1ª carta ao Paulo


Caro Paulo:
Confesso que fiquei surpreendido de começares por aqui, mas depois de pensar um pouco, sou obrigado a concordar com essa tua opção. Começas por uma ponta, e esta nem é má para "aquecer"! É pequena, fácil de estudar e é mais provável que pequenas medidas tenham alta rentabilidade.
O "programa das festas" pareceu-me bem. Deves ter ouvido os números e as interpretações com a "cor da moda", mais as justificações para as ineficiências e os custos acrescidos destes últimos anos.

Quero acreditar que não tenhas relativizado, por haver muito pior, e te tenhas apercebido de que se tem dado importância excessiva a quem só pensa em dinheiro e na "sua realização profissional", e se marimba para quem aqui acorre.
Não sei se perguntaste os porquês e os valores das recentes contratações e da rentabilidade de alguns sectores, sobre a promiscuidade público/privado, sobre a fuga da gente nova dos locais onde mais se trabalha e sobre algumas “contratualizações” com privados de utilidade mais que duvidosa.
Era-te mais fácil se tivesses dado acesso a quem discordou do actual estado de coisas. Mas o tempo e a esperança ainda estão do teu lado.
Gostei do discurso. Fico a aguardar. Manda sempre!
Fernando!

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