“Matem-nos a todos, que Deus conhecerá os seus!” foi assim que em 22 de Julho de 1209, Arnoldo Amaurino, legado do Papa Inocêncio III, e comandante da Cruzada Albigense, na impossibilidade de distinguir entre crentes católicos e hereges cátaros, deu ordem aos cruzados para matar, indiscriminadamente, toda a população (homens, mulheres e crianças) da cidade mercantil mediterrânica de Béziers, que então teria cerca de 20 mil pessoas.
A Cruzada que durou de 1209 a 1229, foi a resposta brutal à dissidência dos Cátaros, e provocou a destruição do Languedoc, um vasto território que se estendia dos Pirinéus até à Provença, abrangendo as cidades de Toulouse, Albi, Carcassone, Narbonne, Béziers e Montpellier, e permitiu a Luís VIII, a anexação deste território à coroa de França.
Por essa altura a Inquisição, guiada desde a sua fundação em 1233 pelos acerados intelectos da Ordem Dominicana, tinha já desenvolvido as técnicas que iriam atormentar a Europa e a América latina católica durante séculos, fornecendo o modelo para o controle totalitário da consciência individual na era moderna.
A doutrina cátara fora muito bem recebida nesta região onde conquistou discípulos em todos os quadrantes da sociedade. Quando a sua pequena classe clerical foi atacada, mobilizou uma multidão de protectores entre a sua ampla rede de parentes, convertidos e simpatizantes.
A Cruzada que durou de 1209 a 1229, foi a resposta brutal à dissidência dos Cátaros, e provocou a destruição do Languedoc, um vasto território que se estendia dos Pirinéus até à Provença, abrangendo as cidades de Toulouse, Albi, Carcassone, Narbonne, Béziers e Montpellier, e permitiu a Luís VIII, a anexação deste território à coroa de França.
Por essa altura a Inquisição, guiada desde a sua fundação em 1233 pelos acerados intelectos da Ordem Dominicana, tinha já desenvolvido as técnicas que iriam atormentar a Europa e a América latina católica durante séculos, fornecendo o modelo para o controle totalitário da consciência individual na era moderna.
A doutrina cátara fora muito bem recebida nesta região onde conquistou discípulos em todos os quadrantes da sociedade. Quando a sua pequena classe clerical foi atacada, mobilizou uma multidão de protectores entre a sua ampla rede de parentes, convertidos e simpatizantes.
Para os cátaros, mundo não era obra de um Deus bondoso, mas antes a criação de uma força das trevas, imanente em todas as coisas. A matéria era corrupta e, consequentemente, irrelevante para a salvação. A autoridade terrena era uma fraude e a autoridade terrena baseada em alguma sanção divina, como a Igreja proclamava, era uma perfeita hipocrisia. O aparato eclesiástico de riqueza e poderio servia apenas para demonstrar que ela pertencia ao reino material.
O Deus merecedor da adoração dos cátaros era um deus de luz, que regia o domínio do espiritual. Competia ao indivíduo decidir se estaria disposto a renunciar ao material em troca de uma vida de abnegação. Não sendo assim, continuaria a regressar a este mundo – ou seja a ser reencarnado – até se encontrar apto a abraçar uma vida suficientemente impecável que lhe permitisse o acesso, no momento da morte, ao paraíso. Ser danado era ser condenado a viver repetidamente nesta terra corrupta. O Inferno era aqui.
Não admitiam distinção entre sexos, permitindo portanto, que mulheres celebrassem os ritos religiosos. Os mentores espirituais -Perfeitos ou "bons homens", eram celibatários e excelentes oradores. Os Crentes praticavam a virtude e a humildade.
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