sábado, 2 de maio de 2009

Yes, Sir!























Sempre que vi um filme de guerra deparei com alguém que dá ordens, e alguém que as recebe a dizer “Yes, Sir!”, de um modo claro e explícito, e que de imediato se retira determinado a cumprir a tarefa que lhe foi atribuída.
É clássico. É assim talvez porque tenha sido sempre assim na guerra, onde a vida e a morte se jogam numa decisão e, como tal, não deve haver lugar a dúvidas de que se ouviu, se percebeu e que se irá diligentemente cumprir.
Na cultura anglo-saxónica, este paradigma transparece em muitas outras situações do relacionamento interpessoal, quer verbal quer escrito.
O contrário disto é a “ruminação”. Ouve-se o que um superior hierárquico diz, e vira-se costas, sem dar a entender que irá cumprir, enquanto se mastiga “este gajo, para aqui a mandar, e eu para aqui a aturá-lo!”
São assim os pequenos malandros, certos das suas pequenas verdades, que a ignorância alimenta.
Numa sociedade globalizada e competitiva, a “confiança” é um valor e este estar não é integrável.

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