sexta-feira, 6 de agosto de 2010

“Si non è vero, è ben trovato”


A história ter-se-á passado em finais de 1970, numa das aldeias do Minho, onde “alguém” teria consultório para atendimento de doentes. Digo "alguém", porque então, não seria de estranhar que um farmacêutico fosse “entendido em crianças”, ou que qualquer bruxo usasse estetoscópio para se adequar às exigências de uma clientela que iniciara a familiarização com a medicina oficial. Neste contexto, os factos de seguida relatados, podem ter sido obra de gente de fora do ofício. O que parece certo, é que havia um “saber” e uma solução, que o tempo validava.

Da poeira, ficou que, anexo á sala de consulta, existiria outra sala completamente escura, onde se "fariam radiografias", e que, se identificasse alguém suficientemente “crédulo”, o faria entrar, o ajudaria a subir para a porta da frente de um guarda-vestidos de três módulos, o posicionaria contra o seu fundo e bateria com as portas dos lados, num simulacro de disparo eléctrico. Depois disto, enquanto o ajudava a sair, pegava numa radiografia (sempre a mesma) meio húmida, e voltava à sala principal abanando-a para a secar e a colocar no negatoscópio.
Da conversa e das terapêuticas nunca se disse nada!

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