quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Rabisco


- Dr.! Eu não posso ir para casa da minha irmã tomar conta dela! Nem, por um dia! Ela, se quiser é que tem de vir para a minha! Sabe, eu tenho um vizinho que está sempre com o olho no que é dos outros, e se topa que não está ninguém em casa, entra por lá dentro e rouba o que puder. É um problema! A vizinhança já fez um abaixo-assinado à Junta, mas quê? Ele continua a roubar tudo o que pode. A mãe teve de sair do lugar para fugir dele. Até um tio que mora lá perto ele rouba. No outro dia trocou-lhe a garrafa do gás. Deixou-lhe a vazia e levou-lhe uma cheia. … Ele é filho de gente boa. As irmãs são de ouro, mas ele não dá sossego a ninguém. Olhe que quando passa de bicicleta pela minha casa estica-se sempre para ver se está lá alguém. Agora não passa pela rua de cima da minha, enquanto se lembrar da coça que um vizinho, que é polícia, lhe deu. Temos de andar sempre alerta. Ele até esteios rouba.
...
- Oh Sr. Ana! É melhor ir para casa da sua irmã. Pelo menos enquanto o Rabisco não levar uma coça na rua dela. São só dois dias. Está bem?

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