Dir-me-ão: mas então na altura da violência , o que fazer? Pois bem, nada mudar, aconteça o que acontecer, nas posições de princípio. É necessário batermo-nos pela trégua, pela passagem do massacre dos inocentes, pelo estabelecimento das condições ao mesmo tempo morais e políticas que um dia permitirão o diálogo. E, se não tivermos maior autoridade nem sobre uns, nem sobre os outros, ora bem, talvez que durante um momento seja preciso calarmo-nos."
...
… Mas não se afirma hoje que Deus é o único recurso dos seres privados de futuro?
... Uma vez que Deus está morto, tudo é permitido (Nietchze).
… Se a violência é legítima porque o fim é legítimo, então o único meio de atingir um fim justo é pela prática de uma violência de repente justificada. (Nietchze)
... A partir do momento em que se introduz a religião na política, a violência torna-se sagrada.
... Mesmo que provem que Cristo não é a verdade, escolherei Cristo contra a verdade” (Dostoievski)
... No século XX já não nos podemos apoiar nos modelos do passado, nem refugiar-nos nos projectos de futuro. Somos obrigados a uma lucidez constante e quase inumana sobre um destino que se joga a cada segundo.
... Enquanto não se subtrair o absoluto à política, estamos condenados a considerar a sociedade ou o outro como um inimigo.
... O que obceca Camus é ver como os humilhados e ofendidos se vão revoltar e como a sua revolta vai ser traída na revolução.
…
Sobre o jornalismo:
... Tem três servidões: ter de levar em conta a opinião de demasiadas pessoas ao mesmo tempo e, portanto, dizer sempre menos do que deveria ser dito; ter de escrever rapidamente e, portanto, não “rever o pensamento”, e sobretudo, por fim, não poder evitar fazer inimigos.
... Reconhecia-lhe o mérito de contribuir para a decomposição da sociedade burguesa, dominada pelos “patifes” de boa consciência e má fé.
... Dava-lhes de conselho: “não hesitem em falar bastante de sangue e de sexo, é o que agrada ao burguês e culpabiliza o seu prazer”
... Dizia que "Longe de reflectir o estado de espírito do público, a maioria da imprensa francesa reflecte apenas o estado de espírito daqueles que a produzem”
... Derivas que condenava no jornalismo: a subserviência ao poder do dinheiro; a obsessão de agradar a qualquer preço; a mutilação da verdade sob um pretexto comercial ou ideológico; a lisonja dos piores instintos; o “furo” sensacionalista; a vulgaridade tipográfica – numa palavra o desprezo por aqueles a quem se dirige.
... “Ele não era capaz de encontrar as palavras necessárias. E, enquanto procurava essas palavras, mataram-no.”
… Mas não se afirma hoje que Deus é o único recurso dos seres privados de futuro?
... Uma vez que Deus está morto, tudo é permitido (Nietchze).
… Se a violência é legítima porque o fim é legítimo, então o único meio de atingir um fim justo é pela prática de uma violência de repente justificada. (Nietchze)
... A partir do momento em que se introduz a religião na política, a violência torna-se sagrada.
... Mesmo que provem que Cristo não é a verdade, escolherei Cristo contra a verdade” (Dostoievski)
... No século XX já não nos podemos apoiar nos modelos do passado, nem refugiar-nos nos projectos de futuro. Somos obrigados a uma lucidez constante e quase inumana sobre um destino que se joga a cada segundo.
... Enquanto não se subtrair o absoluto à política, estamos condenados a considerar a sociedade ou o outro como um inimigo.
... O que obceca Camus é ver como os humilhados e ofendidos se vão revoltar e como a sua revolta vai ser traída na revolução.
…
Sobre o jornalismo:
... Tem três servidões: ter de levar em conta a opinião de demasiadas pessoas ao mesmo tempo e, portanto, dizer sempre menos do que deveria ser dito; ter de escrever rapidamente e, portanto, não “rever o pensamento”, e sobretudo, por fim, não poder evitar fazer inimigos.
... Reconhecia-lhe o mérito de contribuir para a decomposição da sociedade burguesa, dominada pelos “patifes” de boa consciência e má fé.
... Dava-lhes de conselho: “não hesitem em falar bastante de sangue e de sexo, é o que agrada ao burguês e culpabiliza o seu prazer”
... Dizia que "Longe de reflectir o estado de espírito do público, a maioria da imprensa francesa reflecte apenas o estado de espírito daqueles que a produzem”
... Derivas que condenava no jornalismo: a subserviência ao poder do dinheiro; a obsessão de agradar a qualquer preço; a mutilação da verdade sob um pretexto comercial ou ideológico; a lisonja dos piores instintos; o “furo” sensacionalista; a vulgaridade tipográfica – numa palavra o desprezo por aqueles a quem se dirige.
... “Ele não era capaz de encontrar as palavras necessárias. E, enquanto procurava essas palavras, mataram-no.”
... Com o tempo, descobrimos, por nossa vez, que a vida não tem sentido e que não é o começo deste século que nos poderá levar a pensar de outro modo. Mas sabemos também, e com a mesma intensidade, que certos homens conseguem dar um sentido à sua vida, nalgumas circunstâncias privilegiadas. Quando amam e quando criam. Quando conseguem num vislumbre discernir algo que se parece com o Bem, o Verdadeiro e o Belo. Quando são suficientemente felizes para terem o desejo de proteger os instantes de feliciadade dos outros.
Respinguei estas frases deste livro que tenta revelar o pensamento de - Albert Camus, quer através do contacto pessoal do autor (Jean Daniel), quer através da sua obra.
Sem comentários:
Enviar um comentário